Em meio a impasse, Globo esconde patrocinadores da Conmebol em jogo do SPFC

(Crédito: Reprodução)

A bola rolou para Talleres x São Paulo, a Globo transmitiu, mas a "guerra fria" com a Conmebol segue. Em sua transmissão na TV aberta e no SporTV – canal fechado do grupo -, a emissora brasileira escondeu os anunciantes da confederação sul-americana em sua primeira quarta-feira de futebol na Copa Libertadores em 2019.

Entenda o caso:

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Enquanto acredita que o contrato de direitos de transmissão não a obriga a veicular os anunciantes da Conmebol, a Globo omitiu todas as peças publicitárias dos parceiros da entidade durante o jogo da noite desta quarta (6).

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Peças publicitárias programadas para aparecer abaixo do placar, no canto superior esquerdo da tela, deram espaço a uma placa institucional da Conmebol com os dizeres "Acredite sempre". Ali, em transmissão simultânea na Fox Sports, anúncios das marcas Rexona, Bridgestone e Amstel eram veiculadas – exatamente como a Conmebol diz prever em seu contrato.

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Por volta dos 30 minutos do primeiro tempo, novamente os anunciantes da confederação sul-americana foram omitidos nas transmissões de Globo e Sportv. O placar aberto, veiculado na parte inferior central do vídeo, deveria ter a marca de um dos parceiros. Nada feito. No principal canal brasileiro, um espaço vazio.

No intervalo, livre de qualquer obrigação contratual da Conmebol, a Globo veiculou suas peças publicitárias fora da transmissão. O "show do intervalo" foi anunciado por parceiros do "Futebol 2019" como Chevrolet e Casas Bahia.

A decisão editorial de esconder qualquer anunciante da entidade sul-americana foi mantida até o apito final.

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Procuradas pela reportagem para comentarem o caso, Globo e Conmebol não responderam oficialmente até a publicação da reportagem. Dirigentes da alta cúpula da confederação ouvidos pela reportagem, no entanto, repetiram o discurso de que tudo estará solucionado e as marcas parceiras serão veiculadas no próximo jogo (dia 13). Executivos da Globo não aprovam a ideia e questionam a situação.

Pedro Ivo Almeida
Do UOL, em São Paulo