Cade rejeita fusão Disney-Fox em primeiro pedido e pede mudanças no negócio
Na noite desta segunda-feira (3), o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deu o seu parecer primário rejeitando e dando ressalvas para Disney e Fox fazerem sua fusão no Brasil.
No despacho, obtido pelo UOL Esporte, o Cade resume o processo em 252 pontos e termina afirmando que, atualmente, não aprova os termos propostos pelas empresas para se juntarem no Brasil.
O Cade diz que tem "preocupações concorrenciais quanto ao exercício de poder de mercado principalmente no segmento de canais esportivos básicos". Este era o principal argumento de operadoras de TV paga, que diziam que a fusão iria causar um duopólio no mercado.
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A decisão deve ser publicada nesta terça-feira (4) no Diário Oficial da União. Agora, a parceria Disney/Fox tem dez dias para recorrer da decisão de impugnação, para dar seguimento ao processo e fazer as mudanças pedidas pelo conselho.
O parecer do Cade, mesmo que desfavorável, cumpre um desejo da Disney que queria uma palavra do conselho até o próximo dia 5 de dezembro, quando o Cade iria entrar em recesso até o próximo ano.
Tal requerimento de fusão vinha desde julho. Em todo o processo do ato de concentração, o Cade teve reuniões com programadoras concorrentes e operadoras, que sempre se disseram desfavoráveis ao negócio entre Disney e Fox.
A Disney adquiriu os ativos de cinema e parte de televisão da 21st Century Fox por US$ 71,3 bilhões. Entre os ativos estão os canais pertencentes a Fox na América Latina, como a homônima, o Fox Sports e NatGeo.
Gabriel Vaquer
Colaboração para o UOL
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