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Natalie Gedra diz que vive melhor fase da carreira e vira "amiga" de Klopp

Karla Torralba

21/06/2019 12h00

Reprodução/Instagram

Quando se mudou para a Inglaterra há três anos para fazer mestrado, Natalie Gedra não imaginava que estava prestes a trocar a Globo para viver o melhor momento de sua carreira no futebol inglês.

Hoje adaptada à rotina de correspondente internacional da ESPN, a repórter conta como foi viver de perto a ascensão do futebol da terra da rainha na última temporada com o título da Champions do Liverpool, a rotina sozinha nos campos, a amizade com os principais técnicos da Inglaterra e as entrevistas mais desafiadoras com Pep Guardiola e José Mourinho. Agora, Natalie está focada na Copa do Mundo feminina e cobre tudo direto da França.

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Os técnicos mais próximos de Natalie pela rotina de coberturas e personalidades são Jürgen Klopp e Mauricio Pochettino. O alemão é praticamente amigo da repórter. "Meu marido falou 'essa temporada você falou mais com o Klopp que comigo'. Eu fiz três entrevistas longas com ele e entrevistei várias vezes depois dos jogos. Ele me conhece. Ele é gentil com a mídia em geral. Eu lembro que uma das primeiras na temporada, eu lembro que o assessor veio falar quem era e ele 'não precisa apresentar essa, ela é minha amiga, não é mesmo'? Ele pergunta das férias, sempre faz piadinha. Ele é todo engraçadão, mais aberto com a imprensa. Ele brinca na coletiva", contou em entrevista ao UOL.

Reprocução/Instagram

Mas não é só de amizades e grandes momentos em campo que a repórter vive. Há perrengues e aprendizados. A temporada de Natalie na Inglaterra, por exemplo, foi diferente. Agora ela trabalha sozinha e vira cinegrafista, produtora e repórter diariamente.

"Eu filmo, eu edito, eu produzo e eu reporto. Foi uma temporada muito intensa por isso também, porque os dias são muito longos. Eu anoto para fazer matéria do jogo e ao mesmo tempo ficar atenta no que está acontece no jogo e fazendo ao vivo. É desafiador, mas é legal também. Você é o processo", relatou.

Reprodução/Instagram

"É o melhor momento da minha carreira. Uma das coisas mais legais de ser jornalista é você relembrar momentos históricos e falar: 'eu estava lá'. Nessa temporada eu vivi vários desses momentos, foi surreal. O Liverpool x Barcelona eu estava em Anfield Eu vou poder contar para as próximas gerações", disse.

A primeira e única entrevista com Guardiola

"Ele não é muito de imprensa e entrevista e só faz as obrigatórias, mas sempre me tratou muito bem, de desejar feliz natal. Ele sempre foi muito gentil e daí quando eu fui entrevistar ele, eu entrei na sala e ele 'olha você, finalmente vamos conversar'. 'Eu vou poder conversar com gente normal'. Só falo com jogador. Eu falei: é verdade, eu realmente sou uma pessoa normal. Foi legal, ele foi gentil, mas realmente foi a única, ele realmente controla muito as entrevistas que dá".

Reprodução/Instagram

O cara mais legal da Premier League

Para Natalie, o técnico mais legal é Pochettino, do Tottenham. "Ele é gente como a gente. Ele adora o Brasil, sempre foi assim, desde a primeira entrevista. Fala do Brasil, conversando, ele é muito legal. Teve uma entrevista que fiz, acabou pós-jogo e ele ficou conversando comigo e o pessoal da Premier League perguntou se a gente era amigo. Ele é argentino, é diferente e as pessoas não estão acostumadas. Além de ser um dos melhores do mundo, é um cara que eu torço muito porque acho uma pessoa excepcional".

O midiático José Mourinho

"Mourinho sabe o que repercute, o que dá manchete, ele lida muito bem com isso. Era uma relação que tinha que ir administrando, tem que fazer perguntas boas para ele, ele também tem que respeitar, se ele fez merda, você tem que perguntar, mas do jeito certo. Se você chegar com os dois pés no peito dele, ele vai crescer pra cima de você e vai ficar feio, vai ficar feio para o seu conteúdo. Vou fazer a pergunta incrível, mas não adianta se não for resposta boa. O Mourinho sempre foi um ótimo exercício".

Reprodução/Instagram

Contra assédio no Brasil, Natalie usava fone

Como repórter de rádio, Natalie cobria os jogos dos clubes brasileiros diretamente do gramado. Nessas ocasiões, ela colocava fone de ouvido para não ouvir xingamentos e palavras e baixo calão simplesmente por ser mulher.

"Na Inglaterra é bem mais tranquilo principalmente no estádio. Eu lembro que no Brasil eu saía arrasada. Criei o hábito de andar de fone no estádio pra não ter que ouvir nada. Eu ficava acompanhando as transmissões, eu também não gostava de ficar ouvindo essas coisas, eu ficava mal mesmo".

A repórter foi beijada sem permissão por um russo durante a Copa de 2018. "Pra mim é incompreensível. Ele se acha no direito de invadir o momento profissional. É uma falta de respeito com a profissional, com você como mulher. Um deles me pediu desculpas depois. Quando aconteceu eu fui atrás do cara tirar satisfação, outras pessoas vieram me acalmar, uma delas era um cara russo e pediu desculpas por ele, falou que queria pedir desculpas, pra não ficar achando que nós russos somos assim… Mas é muito invasivo", relatou.

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