Jornalista que será comentarista da "Rede Globo" nas transmissões da Copa do Mundo feminina, Ana Thaís Matos participou hoje do programa "Encontro" para avaliar a convocação anunciada pelo técnico Vadão e foi questionada pela apresentadora Fátima Bernardes sobre a presença feminina ainda ser minoria no jornalismo esportivo.

Ana Thaís disse, em tom de brincadeira, ainda se sentir "uma sereia no aquário" e que ainda se incomoda com algumas comparações, como a de que "comenta igual a homem".

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"Ainda parece ser uma sereia no aquário.  Diariamente a gente convive com isso, o que mais me chama a atenção são as comparações: 'Comenta igual homem', 'tão boa como homem'.  Isso que chama a atenção, mas faz parte do processo. Não existe nenhuma ambição de contrariar, superar, só de ter igualdade.  Todo dia acontece uma coisinha que penso, poxa vida, não é possível pensar desse jeito", disse.

A jornalista, porém, disse que tem evitado entrar em embates sobre o tema nas redes sociais. "Eu já fui mais combativa. Hoje não sabemos para quem estamos falando nas redes sociais, não é um ambiente tão saudável, tem muitos fakes, pessoas que estão só para agredir. Já fui muito pior, mais combativa, mas estou segurando a onda para me poupar. Me gerava ansiedade, ficava nervosa, abalava meu dia, não estava valendo a pena", disse.

Ana Thaís Matos ainda recebeu uma mensagem de Luís Roberto, um dos narradores com quem compartilhará as transmissões na "Rede Globo" durante a Copa do Mundo feminina. O Brasil estreia no dia 9 de junho contra a Jamaica.

A jornalista destacou a importância desta Copa do Mundo para a evolução do futebol feminino. "Vai ser uma Copa do Mundo especial.  Mais de 700 mil ingressos vendidos, tem um boom… Faz parte de todo um processo. Será a Copa do Mundo com a maior cobertura da história futebol feminino", avaliou.