Ricci questiona VAR em pênalti no Morumbi: "Respeitaria a decisão do campo"
O Árbitro Auxiliar de Vídeo (VAR, na sigla em inglês) continua gerando muitas discussões. Durante a transmissão do empate por 0 a 0 entre São Paulo e Palmeiras hoje (30), válido pelo jogo de ida da semifinal do Campeonato Paulista, o comentarista de arbitragem Sandro Meira Ricci questionou a decisão do árbitro Vinícius Furlan em campo ao cancelar a marcação de um pênalti após consulta ao vídeo.
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No lance em questão, Furlan marcou o pênalti a favor do Palmeiras e foi chamado pela equipe do VAR para revisar o lance. Após assistir às imagens, o ábitro optou por cancelar a sua primeira decisão. Para o comentarista de arbitragem do Grupo Globo, Sandro Meira Ricci, a decisão da equipe no Morumbi foi equivocada.
"Tem um contato dentro da área entre Dudu e Reinaldo, o árbitro estava bem colocado e assinala o pênalti, mas esse contato na minha opinião não é suficiente para derrubar o Dudu. Nesses lances é importante a comunicação, Furlan foi chamado para revisar o lance e para mim aí está o erro. Esse é o típico lance que não tem que chamar árbitro. Apesar de achar que não foi pênalti, a decisão de campo tinha que ter prevalecido", destacou Sandro Meira Ricci.
A opinião de Sandro Meira Ricci, considerada confusa pelos telespectadores e internautas, fez com que o nome do árbitro chegasse aos assuntos mais comentados do Twitter no Brasil.
Após o término da partida, no programa Troca de Passes, Sandro Meira Ricci voltou a questionar a necessidade da revisão do lance.
"Eu entendo que a interpretação do árbitro não caracteriza um erro claro e óbvio. O importante é a comunicação. Provavelmente, o Raphael Claus (VAR) achou que era um erro claro e óbvio, ou, na descrição do lance, Vinícius Furlan falou algo diferente do que o VAR interpretou pela imagem", avaliou. "Por exemplo, se o árbitro descreveu como um empurrão, caberia uma revisão, pois a descrição não coincide com a imagem. O que a gente vê, é um contato, mas não um empurrão."
Meira Ricci ainda cutucou o Palmeiras, único clube a não participar do treinamento de VAR oferecido pela Federação Paulista de Futebol (FPF).
"Teve um treinamento da FPF aberto para a imprensa e para os clubes, até para permitir que os jogadores fossem orientados. O único clube que não enviou representantes foi o Palmeiras, por estar rompido com a Federação. Por isso, talvez, os jogadores do Palmeiras e o próprio Felipão podem falar algumas coisas que não fazem sentido com o que é o VAR. O Felipão disse que o árbitro não está mais tomando as decisões em campo, sendo que a decisão final é dele", disse.
Comentarista de arbitragem da Rede Globo desde o começo do ano, o juiz aposentado ainda afirmou que o VAR só seria 100% seguro se valesse apenas para lances factuais, como ver se a bola saiu ou não de campo, e não para lances interpretativos, e pregou que o recurso não pode ser balizado.
"Não é para o árbitro de vídeo mandar rever todo lance de interpretação. Mas, como eu disse, se houver uma diferença muito grande entre o que o árbitro fala que viu e o que está sendo mostrado nas imagens, aí é passível de o árbitro de campo ser chamado", avaliou. "É importante lembrar que a decisão final é do árbitro."
"O VAR existe não para buscar a melhor decisão, mas para corrigir erros claros. A pergunta que a equipe do VAR deve fazer não é: 'O árbitro acertou?', e sim: 'Houve erro claro na decisão do árbitro?"', concluiu.
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