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Benja fala de sucesso e cutuca concorrência: "não adianta mudar cenário"

UOL Esporte

05/04/2018 04h00

Crédito: Reprodução/FOX

"Programa de futebol não é programa de economia. Pra mim futebol é diversão. Tem programa que parece que você está na GV (Fundação Getúlio Vargas), fazendo MBA em Harvard, parece que o cara inventou o futebol". É assim que Benja, o principal apresentador esportivo da Fox, mostra não ter receio de assumir que faz entretenimento em seus três programas do canal: Fox Sports Rádio, A Última Palavra e Aqui com Benja.

A fórmula tem dado certo. Os debates quentes e as brincadeiras viraram marca registrada principalmente no Fox Sports Rádio, o programa do horário do almoço. Os assuntos repercutem, dão audiência e consequentemente o sucesso assusta a concorrência (que busca mudanças). A última delas foi a troca de apresentadores, cenários e formatos em programas no SporTV, entre eles o Seleção (rival no horário).

"Às vezes, no Fox Rádio, são três horas de duração, não dá pra ficar três horas falando de futebol. Tem que falar de música, pegadinha, sacanagem. Fox Sports Rádio tem provado que caiu no gosto. Nossa audiência é impressionante. A concorrência muda formato. Pode fazer plástica, silicone, botox, aqui não muda, não muda formato. Não adianta mudar cenário e outras coisas se não se pode falar o que realmente se quer. Se fizer um Fox Rádio no meio do jardim, sem cenário, as pessoas vão assistir", comentou Benja durante o lançamento do Fox + na última quarta (03).

O programa é conhecido principalmente pelas brigas entre seus participantes. Muita gente pode achar que é tudo combinado. Benja ressalta que é natural e que já se arrependeu de algumas tretas.

"Quem assiste vê que não é nada forçado. Nada é armado, combinado. Às vezes eu jogo um contra o outro e me arrependo, porque o pau come. O pau come e aí eu peço calma. Briga não dá audiência. Não pensa que é legal. Não é bacana. O formato do programa, aquela adrenalina. O programa trabalha no limite e isso é perigoso. Você pega o cara que não está num dia legal, uma faísca vira uma coisa. Não é isso que dá audiência", diz.

Benja ainda falou de sua briga quente com Osvaldo Pascoal ao vivo que rendeu pedido de desculpas, a relação com Adriano Imperador e, claro, futebol.

Briga com Pascoal e arrependimento

"Eu discuti feio com o Pascoal que foi cagada. Briga feia, mas por que foi horrível? Porque o programa não é armado, quadradinho. Até quando se briga, se briga sério. No dia seguinte, entramos Pascoal e eu, eu pedi desculpas e falei que não poderíamos mais fazer isso".

Um ano atrás de Adriano Imperador

"Foi um programa que marcou demais (Papo com Benja com Adriano de convidado) e que me colocou em uma posição diferente no meio. Fiquei um ano atrás dele, não foi um mês, foi um ano. A história do cara, sei lá, talvez vire filme. O cara teve a coragem de no auge parar. Falar acabou. E ninguém pode julgar o cara, cada um é feliz da sua maneira. Eu comecei a me empolgar, porque eu não desisti nesse ano. A assessora dele chegou numa época e falou que rolaria. Eu fui na casa dele, batemos o maior papo, em nenhum momento eu falei de entrevista, ficamos conversando. É um cara de pureza, carisma…inacreditável. Na hora de ir embora na casa dele, os amigos falavam: 'Didico, você tem que dar entrevista pro Benja, programa do cara é maneiro'".

"Passou um mês, falaram que o Adriano ia fazer. Na hora que ele chegou na Fox, eu nunca tinha visto na minha vida o que aconteceu dentro da empresa. Nunca, nunca. Ele não acreditou. Ele já entrou no programa emocionado, eu nunca vi nada disso. Só quem estava lá pra ver o que aconteceu. Tinha fila de funcionários. Foi uma puta entrevista. Valeu a pena".

Futebol está chato?

"As pessoas falam que o futebol está chato, porque grande parte da mídia transformou o futebol em uma coisa chata. As pessoas estão chatas. O futebol está legal pra caramba. Os clássicos pegando fogo. As pessoas estão chatas, politicamente corretas, hipócritas, frustradas. O cara tem frustração e quer descarregar em alguém. A gente tem que olhar pra frente".

Reconhecimento do público

"Eu ando no Rio e não é igual em São Paulo. Fui uma vez pra lá e pensava que estava acontecendo alguma coisa. Eu sou paulista, sempre teve rixa de Rio-SP. Chego no Rio e todo mundo vem falar que assiste o programa pra caramba. O carioca é mais leve e bem-humorado que a gente e o programa caiu no gosto. Eu leio e interajo no programa. As pessoas precisam dar risada, relaxar. Eu já falei: mão pode fazer programa sério. Eu não consigo. Um dia eu fiz um e não aguentei. Botaram uma apresentadora da argentina e o apelido era Xuxa. Eu não aguentei, pedi pra falar com ela e cantar o ilarie".

Karla Torralba
Do UOL, em São Paulo

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