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Piores momentos e SBT na camisa: 7 casos de times que "peitaram" a Globo

UOL Esporte

04/04/2018 04h00

Folhapress

A Globo é a emissora de maior influência nos bastidores dos times brasileiros, mas nem sempre essa relação foi amistosa. Seja por causa das transmissões, da cobertura ou da negociação das cotas de TV, alguns clubes já estremeceram a parceria. Veja a seguir as polêmicas mais recentes (e outras nem tanto):

1. Atlético-PR

Reprodução

A decisão do título paranaense entre Atlético-PR e Coritiba deve ficar sem transmissão, pois o rubro-negro recusou a proposta da Globo para o Estadual. O clube barrou a entrada de equipes de TV no estádio e não mandou os gols da vitória por 5 a 0 sobre o Maringá – Tadeu Schmidt explicou no Fantástico que a emissora não tinha os direitos do jogo e pediu os melhores momentos, mas não recebeu nada. Na final do segundo turno contra o Londrina, o Atlético enviou um compacto, mas o vídeo tinha apenas jogadas sem perigo: só os "piores momentos". O diretor da Globo Fernando Pinto lamentou a postura: "Estou certo de que o Atlético-PR refletirá a respeito".

2. Coritiba

Reprodução

Em 2017, o Coritiba se alinhou ao Atlético-PR e também recusou o acordo com a Globo para a transmissão dos jogos do Paranaense. O clássico da final foi exibido via Youtube e Facebook, e os gols não foram repassados à emissora – apenas um compacto que não continha os principais lances, a exemplo do que voltaria a acontecer no ano seguinte. Ainda na primeira fase, o jogo chegou a ser cancelado porque a federação impediu a transmissão online. Em 2018, o Coritiba mudou a postura e aceitou fechar com a Globo para o Estadual.

 

3. Santos

Folhapress

Após ser eliminado pelo Flamengo na Copa do Brasil de 2017, o Santos acusou o repórter Eric Faria de interferência externa na arbitragem. O time alvinegro chegou a pedir a anulação do jogo, mas depois reconheceu no STJD que o jornalista da Globo não cometeu a irregularidade. A relação já estava estremecida desde 2015, quando a emissora passou um filme no lugar de um jogo da equipe no Paulistão e revoltou a torcida. No ano seguinte, "esqueceu" do clube ao exibir uma arte com a lista de campeões da Copa do Brasil. O Santos acertou com o Esporte Interativo os direitos da TV fechada a partir de 2019, mas fez as pazes com a Globo ao assinar contrato de TV aberta e pay-per-view.

 

4. Palmeiras

Cesar Greco/Estadão Conteúdo

Assim como Santos, Coritiba e Atlético-PR, o Palmeiras também fechou com o Esporte Interativo. Ainda está negociando os direitos da TV aberta com a Globo, mas faz jogo duro. Insatisfeito com os valores, o clube recusou a primeira proposta. Ao mesmo tempo, conselheiros e torcedores divulgaram um manifesto responsabilizando a Globo e a FPF pelo veto ao Allianz Parque na partida contra o Novorizontino pelas quartas do Paulistão. A revolta da torcida alviverde contra a "RGT" começou em 2016, porque a emissora ignorou os naming rights do estádio palmeirense, chamado de "Arena do Palmeiras".

 

5. Cruzeiro

Bruno Cantini/Flickr

Em 2015, a discussão sobre a data dos clássicos contra o Atlético-MG pelas semifinais do Estadual foi parar na Justiça. O Cruzeiro queria jogar no sábado para ter mais tempo de descanso, visando a Libertadores. A Globo disse que concordaria com a mudança, desde que o Atlético também aceitasse – o que não aconteceu. A federação então manteve o jogo no domingo, seguindo a orientação da emissora. O Cruzeiro foi ao STJD e até à Justiça do Trabalho para tentar mudar a data, mas não conseguiu. "A decisão da televisão foi referendada pelo tribunal", explicou o então presidente da federação, Castellar Neto.

 

6. Atlético-MG

Bruno Cantini/Atlético-MG

A festa da Globo no encerramento do Campeonato Mineiro de 2011 não teve a presença dos dirigentes do Atlético-MG, que tentavam fazer jogo duro na negociação de um novo contrato de TV. O então presidente Alexandre Kalil deixou bem claro que ele pessoalmente não assinaria o acordo proposto pela emissora. Por isso, nomeou uma comissão de "atleticanos ilustres" para fazer a negociação. No fim da história, o acordo foi assinado: "Tampei o nariz e fechei com a Globo", afirmou Kalil na época.

 

7. Vasco

Folhapress

"Tendo sido caluniado, quis o Vasco homenagear quem não o caluniou. Tendo sido vítima de uma odiosa campanha de perseguição, a partir da desinformação e até mesmo da edição de imagens, quis o Vasco homenagear quem dá à opinião pública a verdade dos fatos para que ela os julgue". Foi assim que Eurico Miranda justificou, em carta para o SBT, o uso da marca da emissora na final da Copa João Havelange de 2000. O dirigente vascaíno estava revoltado com a cobertura da queda do alambrado em São Januário. Como vingança, preparou uma "surpresinha" para a final remarcada contra o São Caetano no Maracanã. E a Globo, que transmitiu o jogo, teve que fazer "propaganda" para a concorrência.

 

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