Com drama de repórter e tentativas de agressão, "A Liga" e "Profissão Repórter" acompanham saga corintiana na Argentina
Corinthians e Boca Juniors se enfrentam nesta quarta-feira para definir o campeão da Libertadores. Mas, menos de 24h antes da decisão, o duelo foi entre Bandeirantes e Globo. Com algumas jogadas semelhantes, mas ritmos de jogo diferentes, "A Liga" e "Profissão Repórter" trouxeram, na noite desta terça, edições especiais sobre o primeiro capítulo da final, na Argentina. A caravana corintiana, a busca por ingressos, o drama da repórter sem credencial e até ameaças de agressão permearam os programas. Em campo, houve empate por 1 a 1. E, na TV, quem saiu na frente?
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O programa da Band, com início previsto para as 22h40, adotou a estratégia do atraso para o apito inicial e entrou no ar quase às 23h. O objetivo era rivalizar com a atração global, que teve início por volta de 23h40, e deu certo. "Profissão Repórter" acabou cerca de 0h20, enquanto "A Liga" passou de 1h30 de duração, terminando perto de 0h30."A Liga" com time completo
A escalação favoreceu a Band. Com um integrante a mais – cinco contra quatro -, "A Liga" definiu bem as posições de seus repórteres. Débora Vilalba chegou antes na Argentina, falou com torcedores que buscavam ingressos e viu o jogo na torcida do Boca ao lado de corintianos infiltrados. De ônibus, Cazé viajou com a torcida de São Paulo a Buenos Aires – quer dizer, mais ou menos (leia no box ao lado) – e também acompanhou o duelo em La Bombonera, mas na área reservada para os alvinegros.
O são-paulino Thaíde participou desde os preparativos – compra de fogos de artifício, carne e pão – até o fim da partida na festa organizada pela Gaviões da Fiel em sua quadra. Já a corintiana Mirian Bottan encarou as provocações de um grupo de anticorintianos e assistiu ao jogo em um restaurante em frente ao Palestra Itália.
A novidade foi a presença do ex-goleiro Ronaldo Giovanelli no quadro "Um dia com Paulinho". O comentarista foi com o volante desde sua casa até o centro de treinamento, onde conversou com Tite e outros jogadores. De Paulinho, descobriu que ele "leva um gel, um xampuzinho, cremezinho, desodorante, perfume" para o treino.
"Profissão Repórter" aposta na tática
Se perdeu no número de jogadores e não conseguiu acompanhar o duelo no meio da galera, "Profissão Repórter" tentou igualar as ações com pelo menos duas matérias exclusivas. Uma delas mostrou o cotidiano da TV Corinthians: o sofrimento dos repórteres na arquibancada do Pacaembu no dia de "folga" e no gramado de La Bombonera em dia de trabalho.
Em outra, Caco Barcelos, presente no gramado contra Santos e Boca, visitou Veranópolis (RS) e Palestina (SP), cidades do goleiro Cássio e do meia-atacante Romarinho, respectivamente. No Sul, descobriu que o arqueiro é devoto de Santa Rita de Cássia e tem até uma tatuagem dela em suas costas. Já no interior paulista, conversou com o primeiro técnico da nova estrela, Érico Lima, que ganhou "um boné e uma camiseta" por ter descoberto Romarinho, mas deu mais de 50 entrevistas depois do gol em La Bombonera.
Empate em campo, e na tela?
Boca e Corinthians ficaram no 1 a 1 no primeiro jogo, mas, na TV, a Band saiu na frente. Na Globo, as entrevistas exclusivas poderiam ter sido melhor exploradas. O tempo da atração pode ter atrapalhado e, além disso, a edição se mostrou um pouco confusa ao cruzar os temas. Já "A Liga" teve mais que o dobro de duração e contou com mais "homens em campo", que cumpriram bem os seus papéis. Foi, no fim, um time mais entrosado, mais com a cara do Corinthians.
Ricardo Zanei
Do UOL, em São Paulo
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