Repórteres viram "psicólogos" para nadadores do Mundial
Entrevistas com nadadores na saída da piscina costumam ser diferentes. Não só pelo fato de os atletas aparecerem molhados e ofegantes na frente das câmeras, mas também pelo comportamento dos repórteres. Desde o Pan de 2011, tais momentos têm fugido do protocolo jornalístico, o que se repetiu no Mundial de Esportes Aquáticos de Barcelona nesta semana.
O principal exemplo tem sido o repórter Fernando Saraiva, que é quem mais aparece nas transmissões do Sportv na Espanha. Além de entrevistar, ele acaba agindo como "psicólogo" nas conversas com os brasileiros na beira da piscina. O caso mais emblemático foi com a nadadora Joanna Maranhão, que disse ter sofrido uma crise de pânico antes de competir nos 200 m borboleta.
Na hora de entrevistá-la, Saraiva teve sensibilidade para lidar com a situação e foi piedoso: "O objetivo era só entrar na água né, ou você queria nadar bem?". Joanna também foi consolada por Mariana Brochado. Em prantos depois de revelar sua crise de pânico à beira da piscina, a nadadora ganhou um abraço da comentarista em frente às câmeras.
Outro nadador que ouviu palavras de conforto do repórter Fernando Saraiva foi Felipe Lima, depois da eliminação nos 50 m peito: "João, essa medalha tá madura, tá madura. Um dia ela vai cair no seu peito. Na hora certa ela vem".
Já a introdução da conversa com Etiene Medeiros teve um tom mais alegre depois da classificação dela para a final dos 50 m costas: "Ela vem com uma carinha meio alegre… Primeiro parabéns pela sua primeira final de mundial".
Quando, sem querer, deixou de lado a sensibilidade após um momento de derrota, Saraiva chegou a se retratar. Na eliminação de Nicolas Oliveira dos 200 m livre, o repórter perguntou se o nadador estaria decepcionado. Ao ouvir um "não", ele logo recuou e repetiu: "desculpa, desculpa".
Mas os maiores momentos "repórter-psicólogo" do Mundial de Barcelona não foram de Fernando Saraiva. Além de Mariana Brochado, que consolou o choro de Joanna Maranhão, o repórter da TV estatal chinesa também se destacou.
Saraiva estava na zona mista e acompanhou ao vivo o momento em que o chinês Sun Yang desabava em lágrimas nos ombros do compatriota que o entrevistava. Yang acabava de conquistar o ouro nos 400 m livre, e o jornalista foi o primeiro conhecido que apareceu na sua frente na hora de comemorar e desabafar.
O repórter chinês repetiu o gesto da repórter Adriana Araújo, que fez a cobertura da natação no Pan de 2011 pela Record. Depois do ouro conquistado por Felipe França, Adriana pediu para o nadador mostrar as suas costas largas para a câmera e depois deu um "abraço molhado" no atleta brasileiro.
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