O Tribunal Superior do Trabalho rejeitou o recurso de embargos pedido por Milton Neves e confirmou que o apresentador da Band não tem direito a receber nenhuma indenização da Rádio Jovem Pan.

Segundo a decisão, os esclarecimentos pedidos pela defesa de Milton que deram origem ao embargo declaratório não foram suficientes para reverter a decisão primária do processo, que já indeferiu o pedido de indenização.

Milton pedia um valor de R$ 3,5 milhões por conta de uma celeuma de 2005. Naquele ano, a Jovem Pan o tirou do ar de sua jornada esportiva de domingo, chamada de "Plantão de Domingo", e o colocou em um horário menos nobre.

O radialista e jornalista alegava que foi colocado "na geladeira", e que isso fez diminuir seus vencimentos que vinham de receitas comerciais. Milton disse ainda que a Jovem Pan mudou a escala dos apresentadores e dos programas no ar sem aviso prévio.

Na primeira instância, Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região em São Paulo aceitou e condenou a Jovem Pan a pagar a indenização, mas na segunda, a Oitava Turma do TST mudou a decisão e negou o valor solicitado por Milton Neves.

A defesa de Milton tentou entrar com embargos no TST, mas eles não foram admitidos. Então, a estratégia foi chegar no atual estágio, colocando agravo nos embargos pedidos. Os advogados alegaram que houve assédio moral por parte da Jovem Pan, que esvaziou Milton Neves de funções do canal. Novamente, o TST negou e finalizou o processo.

Milton Neves trabalhou na Rádio Jovem Pan por 33 anos. Saiu em 2005 e assinou com a Rádio Bandeirantes, onde está até hoje. Na TV, apresenta todos os domingos o programa "Show do Esporte", das 20h às 22h, juntamente com Larissa Erthal.

Procurados, Milton Neves não comentou o assunto. Já a Jovem Pan comemorou a vitória com seu departamento jurídico: "Era uma vitória esperada, que mostra mais uma vez a lisura e o profissionalismo da Jovem Pan".

Gabriel Vaquer
Colaboração para o UOL, em Aracaju