Em participação no programa Seleção SporTV, Cleber Machado saiu em defesa de Dorival Júnior e criticou a sua saída do comando do time do Santos. O narrador da Rede Globo lembrou a trajetória do clube sob o comando do treinador nas diversas competições, avaliando de forma mais positiva do que negativa, e condenou o "modus operandi" de demissão de técnicos.

"A questão é: o desempenho é o ruim de agora ou o bom do ano passado? E aí é a história do futebol, da gestão do futebol, de sempre se esconder na troca de treinador", detonou.

"De fato, as atuações do Santos neste ano não são as que o Santos nos acostumou a ver, mas quando você pega hoje o noticiário, você vê lá: 'Dorival assumiu em julho de 2015, o Santos estava na zona de rebaixamento, chegou bem, foi vice-campeão da Copa do Brasil, vice Brasileiro, se classificou para a próxima fase da Libertadores, está nas quartas de finais da Copa do Brasil, não vai bem no Brasileiro e está jogando mal'. Por esse 'placar', eu respondo 'não"', disse, diante da pergunta do programa se foi acertada ou não a demissão de Dorival.

"O que eu faria se fosse dirigente do Santos? Aquela reunião que foi agendada e realizada às pressas ontem à tarde, estava na cara qual seria o resultado da reunião, né? Domingo à tarde, um dia depois do clássico, terceira derrota no campeonato, o cara te liga e fala: 'Treinador, passa aqui?'. Pô, você passa aqui para dar tchau, né? Podia ter tido a reunião hoje e aí acho que o Santos poderia discutir o que está acontecendo, eventualmente depois com algum líder do grupo. Eu não teria feito essa solução de (rompimento da) continuidade do trabalho. Entendo que o trabalho não está bom. Agora, o que falta no futebol é a cobrança para o não trabalho, que seja um pouco mais amplo do que simplesmente a demissão do profissional. A notícia é essa, a novidade é nenhuma", analisou o narrador.

Apesar de contrário à solução encontrada pela diretoria santista, Cleber aprovou a escolha de Levir Culpi como primeira opção para assumir o comando do time.

"Os nomes são os óbvios: Levir (Culpi), Marcelo (Oliveira). Nesse instante, Levir seria esse, não um bombeiro, mas o cara experiente, que tem rodagem de Copa do Brasil, de Libertadores, de Campeonato Brasileiro para dar uma sequência ao trabalho, que certamente ele conhece, bom observador como é", opinou.