Durante o programa A Última Palavra do último domingo (23) no canal Fox Sports, o comentarista Paulo Vinicius Coelho opinou sobre o motivo do começo discreto do meio-campista Paulo Henrique Ganso em sua primeira temporada na Europa, mais especificamente no espanhol Sevilla.

"Não tem intensidade para o jogo da Espanha, não participa do jogo ativamente o tempo inteiro como se pede na Espanha. O autor dos dois gols do Sevilla hoje (domingo, na vitória por 4 a 3 sobre o Osasuna), Iborra, assim como o N'Zonzi, são dois meio-campistas que participam o jogo inteiro, de área a área, vêm no campo de defesa, desarmam, chegam na frente e fazem passes decisivos. O Ganso não tem essa participação, tanto defensiva quanto ofensiva, de participar o campo inteiro. E olha que foi o Sampaoli quem conversou com ele, dizendo que queria levar pro Sevilla, então não foi por falta de (apoio do técnico)", analisou o principal analista da emissora esportiva do Grupo Fox.

"E no futebol turco, ele joga?", quis saber o comandante da mesa redonda, Benjamin Back, no que PVC respondeu: "Eu acho que não joga."

Perguntado por Benja se, então, a melhor opção para o meia seria a volta ao futebol brasileiro, o comentarista disse: "Eu acho que é. Agora, ele pode não querer desistir de jogar na Espanha e querer ganhar a intensidade que o futebol pede lá".

Em seguida, Paulo Vinicius Coelho citou o craque do futebol francês, Zinedine Zidane, hoje técnico do Real Madrid, como exemplo de atleta que aparentava não ter muita intensidade e foi bem sucedido.

"A comparação que sempre me vem à cabeça e que eu sei que ela não tá correta, mas eu vou usar, mesmo assim, correndo o risco da interpretação, pedindo para ser compreendido: o futebol nos últimos 20 anos já era assim, já era muito intenso e tinha um jogador que não tinha, aparentemente, toda essa intensidade e fez um sucesso estrondoso na Espanha e na Itália, que era o Zidane. O Zidane não é o Ganso, era muito mais jogador do que o Ganso", declarou