Dança dos Famosos rende dores inéditas em músculos nunca usados por Maurren
UOL Esporte
27/08/2015 06h02
Maurren ganhou a melhor nota já na sua estreia no quadro – Ellen Soares/Globo/Divulgação
Às vésperas de encerrar sua carreira no atletismo, Maurren Maggi já viveu tudo o que o esporte pode proporcionar. Principalmente a exaustão da rotina pesada de treinos exigidos para uma campeã olímpica, como ela. Assim, vê-la em ação na Dança dos Famosos, do "Domingão do Faustão" parece moleza. Segundo ela, não é a realidade. A paulista, que surpreendeu com uma estreia muito elogiada pelo seu "suingue", conta que está vivendo semanas tão duras quanto as que suportava antes, a ponto de descobrir músculos e dores inéditos.
Em entrevista ao blog, Maurren contou seus planos para a aposentadoria (leia abaixo) e explicou que a presença no programa a fez se dedicar completamente à dança, deixando o atletismo de lado, por enquanto. A saltadora, que se considera tímida, faz mais o estilo roqueiro e diz que não dançava com um par desde que aprendeu os passos do forró com seu avô, cego e hoje já falecido.
Foto: João Cotta/Divulgação/Globo
"Eu tenho zero prática. A última vez que tinha dançado com alguém tinha sido com meu avô, há uns 11 anos. Ele era cego, e eu aprendi com ele forró", afirmou Maurren. O segredo para seu sucesso é simples, já que ela aprende fácil os passos e consegue ser conduzida com facilidade.
E foi assim sua estreia no quadro de Dança. A campeã olímpica foi a primeira colocada – superando favoritas como Viviane Araújo. Ela dançou um som eletrônico, "Heroes (We Could Be)" de Alesso, com o bailarino Roberto Motta. Ganhou elogios pelo molejo e o suingue, com jurados destacando que muitos dos atletas que tentam a sorte dançando tem o corpo duro.
"A Dança está tomando todo o meu tempo. Cansa muito, tanto que chego em casa depois do treino, durmo e só depois que acordo vou fazer minhas coisas. É exaustivo. É difícil comparar com o atletismo, mas também cansa bastante. É difícil, porque mexo muitos músculos que eu nem sabia que existiam. Tive dores musculares que nunca senti", relata ela.
Superando a timidez
A saltadora diz que não é de sair muito para baladas, mas que gosta de chacoalhar o esqueleto com amigos e família.
"Eu sou tímida em relação a aparecer em publico pra fazer algo que nunca fiz na vida. Mas queria me divertir de verdade, abracei a causa. Eu não sabia se conseguiria dançar em público, achei que fosse me ferrar na primeira dança (risos), mas o coreógrafo é fantástico. Treinei com o Roberto Motta, uma pessoa incrível, sensacional, criativo. E não coloquei restrição para mim. O que eu não souber, aprendo. E foi muito bacana, estou muito motivada e até espantada que o público gostou de me ver dançando".
A rotina de Maurren vem sendo treinar suas danças duas horas por dia, de terça a sábado, sendo que neste último já há prova de roupas e outros detalhes para que tudo esteja pronto no domingo.
Adeus às pistas aos 40
Maurren Maggi já sabe os planos para dar o adeus definitivo ao atletismo. A saltadora – beneficiária do Bolsa Atleta -, pretende fazer um último evento, especial e comemorativo, no mês de seu 40º aniversário, em junho de 2016.
"Quero fazer uma competição chamando amigas do atletismo. Medalhistas olímpicas, finalistas, grandes nomes do salto. Só gente top. Saltando ou não, quero a presença destas atletas top, como a Brittney Reese, com quem já cheguei a conversar. Então traria essas meninas para o Brasil para este evento em junho, quando completo 40 anos", explicou.
Maurício Dehò
Do UOL, em São Paulo
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