A seleção brasileira poupou alguns jogadores no amistoso entre Brasil e Panamá. Já a Globo entrou com o "time completo". "Vai preparando o seu coração que a Copa está chegando", avisou Galvão Bueno, ladeado pelos comentaristas Ronaldo e Casagrande, além de Arnaldo Cezar Coelho, e os repórteres de campo Tino Marcos e Mauro Naves.

Como ocorreu na sua estreia na cabine da Globo, no amistoso contra a Inglaterra, em junho de 2013, Ronaldo foi fundo nos elogios a Neymar, cliente de sua agência de marketing. "Queria destacar a infinidade de recursos do Neymar", disse, como se o espectador não conhecesse o talento do jogador.

Em um momento anterior, Ronaldo mostrou-se generoso e disse torcer pelo sucesso do camisa 10 na Copa: "Eu quero que supere todos os meus recordes na seleção."

Galvão não ficou atrás e comparou Neymar a Pelé ao final do jogo, depois de Mauro Naves observar que os jogadores do Panamá estavam tirando fotos com o astro brasileiro. O narrador disse que isso acontece com os grandes craques. "Acontecia com o Pelé também".

Enquanto isso, no Sportv, comentarista pega no pé de Neymar por reclamações e lances "circenses"

Diferentemente do que ocorreu em 2013, quando elogiou o "padrão Fifa" do Maracanã, desta vez Ronaldo não falou nada sobre a organização da Copa do Mundo. Integrante no Conselho de Administração do Comitê Organizador da Copa, o ex-jogador recentemente se disse "envergonhado" com a organização do evento.

Antes da partida, Galvão fez uma pequena confusão, chamando Marinho Chagas, homenageado com um minuto de silêncio, de "nosso Marinho Ramos".

O narrador também se confundiu ao dizer que a Globo vai transmitir as 64 partidas da Copa ao vivo. Na verdade, serão 56. Na última rodada da primeira fase, os jogos dos grupos são no mesmo horário, o que impedirá a exibição ao vivo de oito jogos (eles serão mostrados posteriormente, em versão compacta).

Bem-humorado, Galvão fez um comentário engraçado ao ser informado, por Arnaldo, que os árbitros da Copa já chegaram ao Brasil. "E que Deus os ilumine, para que eles façam pouca lambança". É o que podemos pedir também para o narrador.

Mauricio Stycer
Do UOL, em São Paulo