Meio do segundo tempo da prorrogação de Espanha x Itália. Cléber Machado não está empolgado com o jogo. E diz uma frase que, se fosse dita em uma pelada, renderia semanas e mais semanas de zoação: "O Xavi e o Iniesta caíram muito de rendimento".

Na sequência, quase como resposta para o narrador, Xavi recebeu uma bola perto da área e chutou. Foi um tiro venenoso que acabou desviado por Buffon. A bola na trave foi a melhor chance, dos dois times, na prorrogação.

Cléber, sentindo a "zica da corneta", fez mea-culpa. "Eu já ia falar que com jogadores como Xavi e Iniesta você não pode considera-los fora do jogo". É, Cléber, quase queimou a língua…

Como os supersticiosos sabem, falar que alguém está mal é a senha para que o criticado faça algo quase sobrenatural. No jogo do Brasil, na quarta-feira, Galvão Bueno se lembrou de um caso assim: na semifinal da Copa do Mundo de 2002, Casagrande disse que Ronaldo deveria ser substituído. Não saiu e ainda marcou o gol da vitória sobre a Turquia. De quebra, o narrador ainda colocou Casão em uma saia justa, pedindo para o próprio Fenômeno comentar o lance, mais de dez anos depois.