(Foto: Martin Acosta/Reuters)

Maurício Stycer
Crítico do UOL

"La Bombonera pulsa", diz João Guilherme ao abrir a transmissão, preocupado. "Precisa segurar a garrafa d´água senão ela vai pro chão…" O narrador da Fox Sports está eufórico. É a primeira final de Libertadores do Corinthians e da emissora, lançada este ano no Brasil.

João Guilherme ouve a entrevista com Tite à entrada de campo e elogia a "falabilidade" do treinador. Em seguida, com algum didatismo, explica. "Corinthians, o Timão, em campo". E faz uma previsão: "Com fé, e a fé não costuma falhar", diz, dá para sair do estádio com um bom resultado. "O Corinthians é o Corinthians", filosofa.

E estava certo. Apesar do sotaque carioca acentuado ("douze jogos", diz), o narrador "torce junto" com os corintianos. Quando o Boca abre o placar, l embra que o drama não acaba em Buenos Aires: "Quarta-feira que vem tem o capítulo final. Tudo pode acontecer"

"O iluminado!", grita ao ver Romarinho, em seu primeiro toque na bola, empatar a partida. "Romarinho, meu filho, sua estrela brilha mais do que nunca. Você tem tudo para entrar para a história do Corinthians".

Mas o narrador vai à loucura mesmo na sequência, quando Cvitanich perde incrível chance de desempatar. "Inacreditável. Isso é sorte de campeão. Falaram tanto do Deivid. E o Cvitanich?"

La Bombonera pulsa.

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