Em jogo morno, goleiro 'presepeiro' vira atração; Casagrande vê 'prazo de validade' no Corinthians
UOL Esporte
08/03/2012 06h00
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Foto: Nacho Doce/Reuters
Ricardo Zanei, em São Paulo*
"O futebol deu para o gasto", disse Casagrande ao fim da vitória do Corinthians sobre o Nacional (PAR), pela Copa Libertadores. Se o jogo foi morno, e a bola apresentada pelo time alvinegro não agradou o comentarista, pelo menos o goleiro da equipe paraguaia, Ignacio Don, se tornou uma atração à parte na transmissão da Globo.
Don não fez uma partida ruim, mas soltou uma bola defensável – ia para fora? – pés de Danilo, que abriu o placar. "Ele vai bem na bola, mas larga. E muito", disse o narrador Cléber Machado. "O Danilo é o melhor jogador do Corinthians em campo e mereceu fazer o gol. Agora, o goleirinho, vou te falar, que presepeiro", alfinetou Casagrande. "Ele soltou todas as bolas. Na minha época, se falava que o goleiro tinha mão de pau", completou o comentarista.
Mais uma vez, recorremos ao dicionário Houaiss da língua portuguesa: presepeiro é "escandaloso, inconveniente ou fanfarrão". No segundo tempo, em pelo menos mais duas oportunidades, Don virou motivo de piada. "Então ele é presepeiro, Casagrande?", ironizou Cléber. "É sim. Se atrapalha muito com a bola", respondeu o comentarista.
Postura e prazo de validade
Se Don foi o lado engraçadinho da transmissão, o futebol do Corinthians virou papo sério e, para Casagrande, faltou ousadia. "É um time defensivo que, com volume de jogo, consegue marcar o gol, mas esse tipo de postura não dura muito, tem prazo de validade", disse, ao fim do primeiro tempo.
Para o ex-jogador corintiano, a pressão inicial serviu "pra levantar a torcida", mas, ao invés do time manter o ritmo, se retraiu. "Se fosse um clássico, tudo bem, mas nesse jogo, no Pacaembu, contra o Nacional do Paraguai, eu sou contra essa postura. Tem que marcar pressão, ir para cima do adversário e decidir o jogo."
O comentarista ainda achou que o primeiro gol só saiu "por causa da falha do goleiro", aquele mesmo, o "presepeiro". Mas, mesmo sem gostar do futebol apresentado, ele comemorou o placar. "O resultado foi ótimo e o futebol deu para o gasto. No primeiro tempo não teve volume de jogo, mas melhorou no segundo tempo e desempenho no jogo ficou equilibrado."
*Colaborou Júlia Caldeira
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