Galvão manda recado contra violência: "Deixem o futebol em paz"
Durante a edição de hoje do "Bem, Amigos!", o apresentador Galvão Bueno abriu o programa com um discurso contra os episódios de violência que marcaram o futebol brasileiro nesta semana.
"Não gostaria de falar, mas não tem como fugir desse assunto. Porque eu queria bater um papo com você. Mas não com você que ama o futebol, que nos prestigia vendo o "Bem, Amigos!!", com as histórias que aqui brotam, não é com você que percebe o amor de todos nesse estúdio pelo futebol", começou Galvão.
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Primeiro, Galvão falou sobre a torcida do Palmeiras, que atacou com pedras o ônibus do time antes da partida contra o Junior Barranquilla pela Copa Libertadores.
"O meu papo é reto, é direto, com você, por exemplo, minoria que torce para o Palmeiras e, em vez de incentivar e apoiar o seu time campeão brasileiro, um dos melhores times do país nesse momento, sai de casa para jogar pedra no ônibus do seu time. E se acerta no motorista? Ou no roupeiro? Ou no craque de milhões de reais? E quem é que ganha com isso? Será que alguém ganha com isso? Na minha forma de pensar, absolutamente ninguém", continuou Galvão.
Na sequência, o narrador abordou a torcida do Botafogo, que agrediu verbalmente o ex-técnico do clube, Zé Ricardo, que acabou demitido após a eliminação do time alvinegro para o Juventude na Copa do Brasil.
"Mas o meu papo direto também é com você que torce para o Botafogo, pouquíssimos, e que arma uma emboscada verbal para o técnico Zé Ricardo. Ele teve a coragem de sair pelo portão principal do aeroporto, enquanto o time saiu pela pista. Um trabalhador brasileiro o Zé Ricardo, ele é pai de família. Ele foi covardemente agredido e, de forma muito educada, não reagiu", disse Galvão.
Galvão também citou a briga entre torcedores de Corinthians e São Paulo horas antes da primeira partida da final do Campeonato Paulista, que terminou empatada em 0 a 0.
"Meu papo também é com vocês, parcela mínima, de torcedores do São Paulo e do Corinthians, que transformaram em trincheiras de guerra em uma rua da grande São Paulo. Gente esfaqueada, baleada e catorze feridos", destacou.
O tom do discurso de Galvão ganhou gravidade com diversas questões de possíveis consequências dessas atitudes.
"O que vocês querem? Não basta o poder público ter que acabar com o charme histórico do futebol, adotando essa infame ideia da torcida única? O que vocês querem? Que as estações de metrô e trem se fechem durante os dias de jogo? O que vocês querem? Que o futebol seja proibido no país por falta de segurança? Para quem realmente ama o futebol, aquele torcedor rival que você xingou, agrediu, tentou esfaquear, amanhã ele pode estar numa escola de samba com você se divertindo? Ou em uma rede social comentando o capítulo do dia da novela. Então, sejam um pouquinho racionais. Sejam uum pouquinho humanos. Mas, não vou mais perder nosso tempo com vocês, pois vocês não são torcedores, vocês são bandidos. Deixem o futebol em paz!", concluiu.
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