Comentaristas da ESPN questionam Ricci por opinião sobre VAR no Morumbi
Não foram só os torcedores que questionaram a opinião de Sandro Meira Ricci sobre o uso do VAR no primeiro jogo das semifinais do Paulistão entre São Paulo e Palmeiras, neste sábado (30), que terminou empatada em 0 a 0. Os comentaristas Leonardo Bertozzi e Mauro Cezar Pereira, dos canais "ESPN", também criticaram o ex-árbitro por ter dito que o lance não deveria ter sido revisado.
Bertozzi se refere a uma fala do árbitro aposentado em entrevista ao "SporTV", em julho do ano passado, quando admitiu ter errado ao não marcar pênalti no inglês Harry Kane mesmo depois de ver o replay no duelo com a Tunísia. Apesar do equívoco, a Inglaterra venceu por 2 a 1. Mauro Cezar, que também é blogueiro do UOL Esporte, foi mais duro.
Após o término da partida, no programa Troca de Passes, Sandro Meira Ricci voltou a questionar a necessidade da revisão do lance.
"Eu entendo que a interpretação do árbitro não caracteriza um erro claro e óbvio. O importante é a comunicação. Provavelmente, o Raphael Claus (VAR) achou que era um erro claro e óbvio, ou, na descrição do lance, Vinícius Furlan falou algo diferente do que o VAR interpretou pela imagem", avaliou. "Por exemplo, se o árbitro descreveu como um empurrão, caberia uma revisão, pois a descrição não coincide com a imagem. O que a gente vê, é um contato, mas não um empurrão."
Meira Ricci ainda cutucou o Palmeiras, único clube a não participar do treinamento de VAR oferecido pela Federação Paulista de Futebol (FPF).
"Teve um treinamento da FPF aberto para a imprensa e para os clubes, até para permitir que os jogadores fossem orientados. O único clube que não enviou representantes foi o Palmeiras, por estar rompido com a Federação. Por isso, talvez, os jogadores do Palmeiras e o próprio Felipão podem falar algumas coisas que não fazem sentido com o que é o VAR. O Felipão disse que o árbitro não está mais tomando as decisões em campo, sendo que a decisão final é dele", disse.
Comentarista de arbitragem da Rede Globo desde o começo do ano, o juiz aposentado ainda afirmou que o VAR só seria 100% seguro se valesse apenas para lances factuais, como ver se a bola saiu ou não de campo, e não para lances interpretativos, e pregou que o recurso não pode ser balizado.
"Não é para o árbitro de vídeo mandar rever todo lance de interpretação. Mas, como eu disse, se houver uma diferença muito grande entre o que o árbitro fala que viu e o que está sendo mostrado nas imagens, aí é passível de o árbitro de campo ser chamado", avaliou. "É importante lembrar que a decisão final é do árbitro."
"O VAR existe não para buscar a melhor decisão, mas para corrigir erros claros. A pergunta que a equipe do VAR deve fazer não é: 'O árbitro acertou?', e sim: 'Houve erro claro na decisão do árbitro?"', concluiu.
Leia mais:
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.