Casagrande alfineta seleção brasileira ao falar de morte de Coutinho

O futebol brasileiro perdeu ontem uma de suas grandes figuras: Coutinho. O famoso parceiro de Pelé faleceu aos 75 anos, vítima de um infarto no miocárdio. Durante o Globo Esporte de hoje para São Paulo, Walter Casagrande falou sobre a perda do campeão da Copa do Mundo de 62.

"Quando eu nasci e comecei a entender as coisas, a primeira coisa que me falaram era Pelé e Coutinho, apesar da família ser corintiana. Eu conheci o Coutinho pessoalmente e é uma parte da história rica do futebol brasileiro que morre, desaparece", falou Casão.

O programa mostrou algumas imagens de Coutinho com a bola nos pés, e o comentarista aproveitou para alfinetar a seleção brasileira. "Os jogadores e técnicos de hoje tem que ver essas imagens. Isso era o futebol brasileiro, não o que a seleção joga. Isso é Brasil, cara", disse.

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Casão ainda falou sobre a contagem regressiva para os Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio. O relógio chegou hoje à marca de 500 dias para o início da competição. O ex-jogador usou a data para refletir sobre o legado da Rio-2016.

"Japão é um país confiável, o Brasil, não. Além de desvio de verbas, das construções, não cuidar, acabou a Olimpíada e a coisa ficou abandonada. Tem muita coisa que ficou pronta depois da Olimpíada. Você viu o buraco que deixou na economia brasileira, tanto a Copa quanto a Olimpíada? Países como o Japão é que têm que fazer Olimpíada e Copa do Mundo. Países que têm governo não confiável, não podem fazer nenhum evento", defendeu.

Borja pode sair?

Casagrande também comentou a situação de Borja no Palmeiras. Com três gols marcados no ano, o atacante é alvo de críticas por parte da torcida devidos às chances perdidas. Para o comentarista, caso não faça às pazes com os alviverdes, o colombiano deve ir para outro clube.

"Ele criou uma coisa dentro do Palmeiras que é muito perigosa para o centroavante. Dão mais importância para um gol que ele perde do que para um que ele faz. Ele é o artilheiro do Palmeiras, mas o comentário é que está perdendo gols. Isso, foi ele que criou. Ele é um pouco desatento. É difícil mudar essa situação. Se ele não conseguir, ele tem que mudar de clube, escrever uma nova história. Ele tem que criar uma situação em que os torcedores lembrem mais dos gols do que dos perdidos", avaliou.

O Palmeiras entra em campo hoje contra o Melgar, às 19h15, pela segunda rodada da fase de grupos da Libertadores. O alviverde estreou com vitória sobre o Junior Barranquilla.