Casão se emociona ao vivo com tragédia: “estou com um vazio muito grande”

Casagrande emocionado durante participação na Globo News. Foto: Reprodução
Comentarista da Rede Globo, o ex-jogador Walter Casagrande Júnior se emocionou ao fazer um comentário ao vivo na Globo News na manhã deste sábado (09) sobre o incêndio no Ninho do Urubu que provocou a morte de 10 pessoas no CT do Flamengo.
Depois de ver uma reportagem sobre os garotos que tiveram seus sonhos interrompidos pela tragédia, Casão apareceu com lágrimas nos olhos e disse estar sentindo um vazio muito grande pelo ocorrido.
"Não tem como não se envolver, não tem como não fazer uma viagem no passado. Entre ontem (sexta-feira) e hoje (sábado) eu conversei com amigos que foram juvenis, que jogaram, e todo mundo está muito abatido. A tristeza que eu sinto é muito grande, porque eu sei qual era o sonho desses garotos, porque era meus sonhos, sabe? Você fica imaginando isso sendo interrompido de uma maneira como essa, assim como foi a tragédia da Chapecoense. Qualquer tipo de tragédia que envolve um grande grupo de jogadores de futebol, que estão indo jogar, ou que estavam no treino, ou dormindo como esses jogadores, bate muito forte no coração da gente", disse.
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"Eu sinto a dor dos pais, eu sinto aquele vazio. Eu estou com um vazio muito grande dentro de mim, eu fico imaginando se fosse na minha época de juvenil, se acontecesse com amigos meus, do meu lado, eu não sei como ia reagir. Difícil para todo mundo, para os pais principalmente, mas pegou toda a classe de jogador de futebol", completou.
Segundo Casão, ver a história destes garotos mexeu com o seu coração. "Ficamos pensando que realizamos boa parte nossos sonhos, fico pensando nesta interrupção tão brusca, Não dá para entender", completou.
Veja o desabafo completo de Casagrande:
"Não tem como não se envolver, não tem como não fazer uma viagem no passado. Entre ontem (sexta-feira) e hoje (sábado) eu conversei com amigos que foram juvenis, que jogaram, e todo mundo está muito abatido. A tristeza que eu sinto é muito grande, porque eu sei qual era o sonho desses garotos, porque era meus sonhos, sabe? Você fica imaginando isso sendo interrompido de uma maneira como essa, assim como foi a tragédia da Chapecoense. Qualquer tipo de tragédia que envolve um grande grupo de jogadores de futebol, que estão indo jogar, ou que estavam no treino, ou dormindo como esses jogadores, bate muito forte no coração da gente. Eu sinto a dor dos pais, eu sinto aquele vazio. Eu estou com um vazio muito grande dentro de mim, eu fico imaginando se fosse na minha época de juvenil, se acontecesse com amigos meus, do meu lado, eu não sei como ia reagir. Difícil para todo mundo, para os pais principalmente, mas pegou toda a classe de jogador de futebol, ex-jogador, de quem vive nesse meio e ouve garotos falando sobre o futuro, ou conta histórias de quando era juvenil. Eu vi o Júnior falando, que é meu companheiro, jogamos juntos no Flamengo, na seleção brasileira, na Itália. Você fica pensando, nós realizamos boa parte dos nossos sonhos, quase a maioria dos meus sonhos eu realizei jogando futebol, e eu fico pensando nessa interrupção tão brusca, dessa maneira. A gente fica tentando entender, não dá para entender. A gente fica tentando arrumar responsáveis, eu estava vendo a 'Globo News' agora, faltando alvará, bombeiros não aprovaram, e as pessoas mesmo assim construíram contêineres para colocar garotos que os pais deram para a responsabilidade do Flamengo. Eu acho que têm que ser tratados melhor do que quando estavam em casa, porque o Flamengo, o Vasco, ou qualquer clube que tem alojamento para crianças, estão tratando de crianças de outras pessoas. Então a responsabilidade é muito maior, o cuidado é muito maior. E assim, ali parecia um forno. Tem uma porta só, entra, pegou fogo e não dá para sair ninguém. Tinha uma porta só. Como que se faz um alojamento dentro de um contêiner, que não tem saída, não tem fuga para nada? Eu fico revoltado, muito triste, muito abatido e também um pouco de revolta".
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