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Neto se emociona e pede fim de semana sem futebol: "Não pode ter"

UOL Esporte

08/02/2019 13h56

Durante o Os Donos da Bola desta sexta-feira, Neto não segurou a emoção ao falar sobre a tragédia no Ninho do Urubu, Centro de Treinamento do Flamengo, que deixou 10 mortos. Recordando do início de sua carreira, o ex-jogador pediu para que, neste fim de semana, não haja partidas de futebol.

"A tristeza dentro do meu coração é enorme. Eu morei nove anos debaixo de arquibancada. A minha vida toda eu passei longe da minha família, dos meus pais, meus irmãos", falou Neto, que seguiu, "Quem foi responsável, tem que ser preso. Se não teve responsável, se foi uma fatalidade, então está tudo certo. O Flamengo que ajude as famílias dessas pessoas".

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O apresentador ainda cobrou uma investigação para descobrir o que causou o incêndio no alojamento das categorias de base do rubro-negro. "Não pode seis crianças morrerem e quatro funcionários também sem que ninguém saiba o que aconteceu. Que o Flamengo possa mostrar para o mundo que isso não venha a acontecer em outros clubes. Se vocês fizerem uma auditoria em todos os clubes do futebol brasileiro, três quatro passam nos Bombeiros, para poder alojar essas crianças. Mas, aqui nesse país, a gente sempre fala quando acontece a morte, a tragédia. Só que a gente não pode mais deixar que este país continue desse jeito".

Na sequência, Neto segurou o choro ao falar das famílias das vítimas. "Não pode uma mãe vir lá do Nordeste e ver o filho dela carbonizado porque ela tinha esperança que o filho pudesse dar o melhor para eles", falou o apresentador que, na sequência, exigiu que o fim de semana não tenha bola rolando.

"Sabe o que a CBF tem que fazer? Não tem jogo no final de semana em nenhum lugar desse país. Não pode ter jogo. É a primeira coisa que tem que se fazer. E o Flamengo tem que apurar tudo o que aconteceu", defendeu.

Por fim, Neto se colocou no lugar dos jovens jogadores. "A primeira coisa que eu fiz foi ligar para os meus filhos para saber aonde eles estavam. Eu passei tudo que esses meninos estão passando, mas eu não sei a dor deles, porque eu nunca perdi um filho e dou a minha vida pelos meus filhos. Não pode uma criança de 14 anos morrer num lugar considerado top de linha", disse o ex-jogador.

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