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Demitidos aceitam bônus oferecido pelo EI após fim do canal na TV

UOL Esporte

14/08/2018 16h19

Sorín no programa Noite de Craques (Reprodução/Esporte Interativo)

A Turner, grupo detentor do Esporte Interativo, ofereceu um pacote de benefícios para os funcionários que foram demitidos com o fim do canal na TV. O "programa de demissão voluntária" (PDV) foi aprovado em assembleia no Sindicato Interestadual dos Trabalhadores na Industria Cinematográfica e do Áudio Visual ao receber a maioria dos votos do presente, 81 dos 88 votos.

O pacote de benefícios oferecido pela empresa conta com extensão no plano de saúde por seis meses e gratificação proporcional ao tempo em que trabalhou no Esporte Interativo, 80% do salário base mensal na data do desligamento multiplicado pelo número de anos completos na empresa, apenas os registrados na carteira. O valor será pago em três vezes.

O acordo oferecido e votado nesta tarde ainda oferece um plano de "transição profissional", que promete auxiliar os demitidos em seu reposicionamento em busca de novos empregos. Além disso, a empresa ainda pagará todos os benefícios previstos na CLT.

Apesar da aprovação do acordo, não é obrigatória a adesão ao plano. Cada um negociará individualmente se vai querer fazer uso do pacote. A decisão precisa ser tomada até a próxima sexta-feira.

De acordo com pessoas que estavam no local, em determinado momento, o clima chegou a esquentar com questionamentos sobre a situação.

Alguns presentes reclamaram que o PDV não contempla todo mundo. Os estagiários, que sequer participaram da assembléia e não podem aderir ao acordo, foram defendidos pelos demais que estavam no sindicato. Quando ex-diretores do grupo, que também foram a favor da adesão ao programa, pediram a palavra, a galera se exaltou. A reportagem apurou que um acerto alternativo foi feito para os estagiários, mas os detalhes não foram revelados.

Procurado, a assessoria de imprensa do Esporte Interativo não se pronunciou sobre até a publicação deste texto.

Como publicou o UOL Esporte na última quinta-feira, três pontos foram fundamentais para a decisão de encerrar o canal: questões regulatórias em aberto devido à união entre AT&T e Turner, proprietária da Sky, a perda de assinantes na TV fechada e a baixa audiência, exceto em grandes transmissões como Liga dos Campeões que deram origem a ideia de "superstations".

Apesar do fim do canal na TV, o Esporte Interativo manterá a marca no mundo digital e também transmitirá os direitos da Liga dos Campeões e do Brasileirão nos canais Space e TNT, também do grupo Turner.

Leandro Carneiro e Vinicius Castro
Do UOL, em São Paulo e Rio de Janeiro

 

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