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Em conversa, Marcos alfineta salários do Palmeiras: 'Quem está na seleção?'

UOL Esporte

18/05/2018 20h07

(Crédito: Reprodução)

O ex-goleiro Marcos e o ex-volante Vampeta se encontraram nesta sexta-feira para uma ação promocional. No bate-papo dos dois, transmitido pelo Facebook e com mediação do jornalista Ivan Moré, os dois contaram histórias, tomaram cerveja e deram risada. Mas não deixaram de fazer críticas.

Durante cerca de 30 minutos, a dupla contou histórias dos tempos de jogador. Em comum, ambos relembraram positivamente as cobranças menores que recebiam na época, mas reclamaram dos altos salários pagos a jogadores na atualidade.

Marcos, aposentado desde o início de 2012, diz não sentir saudades do futebol. Mas, assim como Vampeta, afirma que sente falta dos salários que recebia nos tempos de jogador do Palmeiras – bem abaixo dos que o clube paga hoje em dia.

"Antigamente, para (um jogador) ganhar um salário de 200 'contos', tinha que ir para a seleção, jogar na Europa. Hoje eles têm cobrança de WhatsApp, Facebook. Na época você tinha que comprar o jornal. Agora a cobrança é online", relembra Marcos.

"No Palmeiras, (jogador recebe) R$ 500 mil, R$ 600 mil, R$ 700 mil, R$ 800 mil… Mas é o seguinte: quem está na seleção? Quem é convocado? A China está atrás? Beleza, mas e da Europa, quem está atrás? É hipervalorizado. Precisa muito pouco para ganhar muito", completou o ex-goleiro, sem citar nomes.

Atleta do Palmeiras entre 1992 e 2012, Marcos relembrou a política de pagamentos do clube em sua época de atleta. Segundo ele, a diretoria aceitava superar o teto salarial oferecido a jogadores revelados pela base para atrair reforços de fora.

"Se você era palmeirense, o máximo que você podia ganhar era R$ 180 mil. Mas se você viesse de fora, a gente podia pagar 250 mil", disse o ex-goleiro, que se incluiu na primeira categoria.

De maneira breve, Marcos relembrou ainda a proposta que recebeu do Arsenal (Inglaterra) após a Copa do Mundo de 2002. Na época, ficou no Palmeiras e foi disputar a Série B do Campeonato Brasileiro com a equipe.

Ainda assim, diz, recebeu cobranças da torcida. "Era 100 mil libras que eu ia ganhar (de salário mensal), cinco anos de contrato em 2002. Eu fiquei jogando segunda divisão. Aí vem palmeirense falar m… para mim? Ah, vai se lascar", afirmou o goleiro.

O bate-papo que deve ser exibido pela Rede Globo na próxima semana. Ao longo da conversa, Vampeta afirmou que Ivan Moré é torcedor do São Paulo. "Torce para o São Paulo esse narigudo", garantiu. Desconcertado, o apresentador chamou o ex-corintiano de "traíra".

Pouco otimismo com a Copa de 2018

Questionados se o Brasil ganharia a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, os dois demonstraram pouca empolgação.

Vampeta foi mais enfático. "Não!", gritou – segundo ele, imitando o jornalista Milton Neves. Já Marcos colocou a seleção brasileira como "uma das três favoritas".

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