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William diverge de Casagrande e volta a defender contratação de Robinho

UOL Esporte

02/01/2018 16h14

(foto: reprodução/SporTV)

A exemplo do que disse há duas semanas, William Machado voltou a pregar cautela em relação ao caso envolvendo o atacante Robinho, condenado pelo Justiça da Itália a nove anos de prisão por "violência sexual em grupo" contra uma jovem albanesa em uma boate da capital da Lombardia, em janeiro de 2013.  Para o ex-jogador e atual comentarista do SporTV, a situação não deveria ser empecilho para a contratação do jogador, que nega a acusação e interessa ao Santos.

"Eu acho que o clube tem que pensar, sim, mas isso aí pra mim não deve pesar de forma definitiva na contratação, porque é óbvio que quando você contrata a pessoa, ela está enfrentando esse problema. Acho que deveria pensar até mais assim: como está a cabeça da pessoa para desempenhar o melhor dela para aquilo que vou contratá-la. Às vezes a cabeça da pessoa não fica boa e aí não vai render aquilo tudo", argumentou William, deixando claro, inclusive, que discorda da opinião de outro comentarista da Globo, Walter Casagrande, que se mostrou contrário à ideia de que Robinho siga tendo mercado no futebol brasileiro.

"É que o Lance Armstrong, ciclista que venceu sete vezes a Volta da França, foi pego em doping, não tinha como falar que não era, foi constatado, aí ele perdeu e está sendo processado. O caso do Robinho é outra esfera, que ele foi condenado, mas a minha posição é diferente. Não ouvi o que o Casa falou, respeito muito a opinião divergente, mas queria entender, porque a mim esse tipo de tratamento… Não é o jogador, é o ser humano, e ainda na posição de homem, você ser acusado de uma coisa que você não fez, esse crime que é abominável… Se você leva a culpa de uma coisa que você não fez, por esse crime, pelo amor de Deus, né, é uma coisa…", comentou.

"O ponto de vista que eu defendo é que até quando se esgotarem todos os recursos, não é porque é o Robinho, porque é jogador, qualquer pessoa, se a lei fala em se esgotar todos os recursos. Se no último recurso for condenado, aí, sim, essa pessoa tem que pagar, independentemente do crime que ela cometeu, o que a lei falar. Agora, é a minha visão, até esgotar a última instância, eu acho perigosíssimo a gente imaginar que a pessoa já está condenada, olhá-lo como um condenado, como a pessoa que cometeu esse crime. Acho perigoso sempre essa coisa do condenado em primeira instância a gente olhar para a pessoa como alguém que de fato cometeu um crime, ainda mais um crime dessa natureza, que é uma coisa totalmente condenável, mesmo, mas tem que dar à pessoa o direito dela se defender em todas as instâncias que a lei determina", enfatizou.

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