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Jornalista apoia posição do Santos em caso Robinho e gera debate no SporTV

UOL Esporte

19/12/2017 17h56

A condenação em primeira instância de Robinho na Itália foi tema de debate na edição desta terça-feira (19) do "Seleção SporTV". A jornalista Mayra Siqueira apoiou a posição do José Carlos Peres, novo presidente do Santos, que afirmou que o caso pesa contra o atacante em uma possível negociação.

"Concordo com as declarações recentes do Peres. Acho que ele tem que resolver a questão legal dele na Itália, porque isso é uma questão criminal gigantesca, não é algo tão simples e acho que tem que ser levado com a devida seriedade", afirmou.

No final de novembro, Robinho foi condenado na Itália a nove anos de prisão por "violência sexual em grupo" contra uma jovem albanesa. O caso teria acontecido em uma boate em Milan em janeiro de 2013, quando o atacante atuava no Milan. A decisão foi de primeira instância e o jogador ainda poderá recorrer.

Presente na atração do SporTV, o ex-jogador e atualmente comentarista William chamou de "perigoso" os comentários sobre o caso, justificando que ainda há outras instâncias que julgarão o atacante. Ele, contudo, afirmou não estar fazendo uma defesa a Robinho.

"Acho que com esse comentário você condena o Robinho definitivamente, como se fosse [sido julgado em] todas as instâncias e aí coloca ele como um agressor sexual. Acho que esse comentário é muito perigoso, e não é porque é o Robinho, para qualquer pessoa".

Na entrevista em que falou sobre Robinho, José Carlos Peres disse esperar aumentar o número de mulheres presentes nos jogos do Santos, e via o caso envolvendo o jogador como prejudicial para a imagem do time paulista.

"É por isso que foi interessante a forma como o presidente colocou: 'O Robinho é ótimo, a gente adoraria trazê-lo, agrega muito para a gente, mas a gente gostaria que essa situação estivesse resolvida antes da gente conversar, porque é uma questão de imagem", opinou Mayra Siqueira.

"Não estou defendendo, tenho filha, tenho mãe, tenho irmã, tenho irmã. Eu quero esperar se desenrolar", ponderou William. "É culpado? Tem que pagar pelo que fez, que é um crime hediondo, seja em qualquer parte do planeta. Agora, quando você atribui isso antes de todas as instâncias, me preocupa. Como homem, também, de levar um carimbo desse, que é uma coisa muito séria, justamente por ser um crime hediondo, você ficar marcado".

Por fim, o repórter Abel Neto usou o exemplo do racismo para afirmar que as mulheres se indignam mais com esse tipo de caso justamente por serem as maiores vítimas. No paralelo traçado, Abel afirmou sofrer racismo desde a infância.

"Não que a gente também não se revolte, mas eu acho que, obviamente, as pessoas que sofrem normalmente a violência sexual são mulheres. Elas se sensibilizam mais com qualquer tipo de questão. Eu posso falar de um exemplo meu: o racismo é deprimente para qualquer pessoa, só que os negros que sofrem o racismo, normalmente. A gente se sensibiliza mais, porque a gente sofre, eu sofri desde criança. E a mesma coisa é em relação às mulheres, são elas que sofrem essa violência", ponderou.

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