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Noriega: Edmundo foi melhor do mundo e Renato teve mais talento do que CR7

UOL Esporte

14/12/2017 16h24

Reprodução/SporTV

Durante o programa "Seleção SporTV" desta quinta-feira (14), os comentaristas da atração, Mauricio Noriega e Paulo César Vasconcellos, debateram sobre os diferentes níveis dos times europeus e brasileiros que se enfrentaram em decisões de Mundiais de Clubes da Fifa e também sobre o maior equilíbrio que existia antes entre os clubes e jogadores da América do Sul e Europa.

Falando especificamente sobre a disputa do próximo sábado (16), entre Grêmio e Real Madrid, Noriega avaliou o duelo como mais equilibrado, do ponto de vista técnico, do que foi a final de 2011 entre Santos e Barcelona.

"A diferença que existe entre Real Madrid e Grêmio não é a diferença que existia entre aquele Barcelona e o Santos em 2011. Aquilo era de outro mundo. Qualquer time que caísse ali iria tomar um pau, como o Santos tomou, não tinha jeito. Aquele time [do Barça] estava em um momento iluminado, quase perfeito, o melhor time do mundo, no auge da ideia de futebol do Guardiola, tinha Messi jogando demais, Xavi e Iniesta e tudo o que se propunham, realizavam", comparou, recordando a final que terminou em goleada catalã sobre os brasileiros, por 4 a 0.

O analista foi além e fez outra comparação, dessa vez com Corinthians 1 x Chelsea, de 2012. "Não estou aqui comparando nem desmerecendo ninguém, mas em Corinthians e Chelsea, o nível do Corinthians era mais próximo ao do Chelsea do que é o do Real Madrid com o Grêmio de hoje. O Chelsea não é um grande time europeu, é um time rico, como o Manchester City, que quer se transformar em um grande time. Sem tirar os méritos do Corinthians", opinou. Contudo, reforçou: "Esse Real Madrid é forte, mas não é difícil de ser batido, dá jogo."

Falando sobre jogadores, o comentarista do SporTV entrou na discussão sobre quem jogou mais, Renato Portaluppi ou Cristiano Ronaldo e, na avaliação de Noriega, embora na carreira o português esteja à frente de Renato, ídolo e atual técnico do Grêmio, para ele o brasileiro tinha mais talento no início, jovem. "Diria que o Renato nasceu com mais talento do que o Cristiano Ronaldo, mas o Cristiano Ronaldo construiu uma carreira, é um dos maiores jogadores da história do futebol", comentou.

"O Renato na Roma não se dedicou , não foi um profissional como Cristiano Ronaldo. Ali era a grande oportunidade, saiu do futebol brasileiro, vai para um clube que na época ainda tinha uma grande visibilidade na Europa, ainda vivia do que o Falcão tinha construído lá, mas o Renato não se dedicou na Roma", acrescentou Paulo César Vasconcellos.

"Naquela época também não tinha o peso do prêmio do Melhor do Mundo. Os jogadores hoje dão muita importância, até por uma questão de marketing, e a diferença hoje do futebol europeu para o brasileiro é muito maior do que naquela época", ponderou Noriega.

"Alguns jogadores brasileiros [do passado], vou citar dois: Renato, que foi para a Roma, e Edmundo, que foi para a Fiorentina. Eles foram para esses clubes, mas não se deram conta do que isso poderia representar na carreira deles", disse PC, no que Noriega comentou: "Digo até mais: o Edmundo, em 1997, seguramente se não foi o melhor jogador do mundo, ele foi um dos três jogadores do mundo."

"Jogava no Brasil, aí ninguém viu", observou Paulo César Vasconcellos.

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