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Edmundo e narrador detonam "diretoria frouxa" e Cueva: "Quem pensa que é?"

UOL Esporte

19/11/2017 23h59

(foto: reprodução/Fox Sports)

A não apresentação do meia Cueva ao São Paulo, após defender a sua seleção nas Eliminatórias para a Copa do Mundo, gerou pesadas críticas ao jogador e à diretoria do clube do Morumbi no programa A Última Palavra, do FOX Sports, na noite deste domingo. Nem a boa atuação do peruano no segundo tempo do empate por 0 a 0 com o Botafogo o salvou.

"Você imagina se todo mundo toma a liberdade de voltar para o seu país, se o Arboleda vai para o Equador e não volta mais? É mais um símbolo de uma diretoria frouxa para um clube desse tamanho. Quem você pensa que é?", reclamou Edmundo. "Vai catar coquinho. Você vai ser multado, vai treinar na hora do jogo e, sei lá… Tem limites, não é a primeira vez. Fica cedendo, cedendo, cedendo, e ele se sente o dono da cocada", emendou o ídolo do Palmeiras.

Narrador da Fox e apresentador do programa em questão, Gustavo Villani concordou. "O Cueva ficou à disposição, mas ele não cumpriu com a volta, com o horário e no dia determinado para a reapresentação. O presidente do São Paulo até minimizou, só que ele não trabalhou, não treinou como estava previsto, e simplesmente se apresentou para jogar. Para um time que pensa em Libertadores, por mais que tenha atingido o objetivo primordial que era escapar do rebaixamento, não é muito pouco ter um jogador com esse nível de comprometimento?".

(foto: Alexandre Schneider/Getty Images)

Edmundo logo soltou mais uma crítica: "Quem paga o salário do jogador é o clube. A responsabilidade com o clube deveria ser maior, e não é a primeira vez que os peruanos se atrasam pra chegar. Se o presidente tentou minimizar para não criar um clima hostil no momento bom do São Paulo, OK, mas a minha opinião é que o compromisso principal dele é com o clube, com quem lhe paga o salário. Ele vai servir sua seleção nas datas Fifa, mas as seleções e confederações de um modo geral não estão nem aí. Se o jogador se machuca na seleção, quem paga é o clube. Paga o salário, a cirurgia, a recuperação."

"Ele entrou aos 14 minutos do segundo tempo. Quer dizer, ele não tinha condições [de jogar a partida toda], pelo menos no entendimento do Dorival, num jogo em que o São Paulo já não tinha o outro meia, Hernanes. Eu entendo toda a euforia, a alegria do Cueva [com a sua seleção], mas para um clube do tamanho do São Paulo…", acrescentou Villani, indignado com a indisciplina. Edmundo concordou. "Falta de comprometimento da parte dele", disse o comentarista.

"As férias vão chegar daqui a 15 dias, quando ele vai poder curtir com a família dele no Peru, com quem quer que seja e onde ele quiser. Ele tinha por obrigação chegar na data marcada, estar apto a jogar com a camisa do São Paulo e tentar o sonho do torcedor são-paulino que era o de chegar à Libertadores de 2018", argumentou o ex-jogador.

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