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Nervosismo de Neymar contra o Chile preocupou Galvão e Muricy

UOL Esporte

10/10/2017 23h32

Reprodução/TV Globo

A vitória da seleção brasileira sobre o Chile, por 3 a 0, nesta terça (10), com gols de Paulinho e Gabriel Jesus (dois) serviu para fechar com chave de ouro a participação da equipe de Tite nas Eliminatórias Sul-Americanas à Copa de 2018, mas também causou preocupação pela falta de controle emocional de Neymar. Durante a transmissão da Rede Globo, Galvão Bueno e Walter Casagrande temeram por uma expulsão que tiraria o maior craque da equipe da estreia no Mundial da Rússia.

"Me preocupou o lance da deixada de mão do Neymar em cima do rosto do jogador. Por isso tomou o cartão amarelo", disse o narrador após o brasileiro ter atingido o meio-campista chileno Aránguiz, além de bater boca com o adversário ao final do primeiro tempo.

Casagrande citou a falta de paciência de Neymar. "A preocupação maior da seleção brasileira em cima do Neymar, que é o grande jogador, um dos três melhores do mundo. aquele que faz a diferença. Ele perde um pouco a paciência, porque o estilo de jogo dele é esse, o confronto, ele dribla, os adversários ficam nervosos e ele também. Ele tem que tomar cuidado com isso", observou.

"Acho um risco desnecessário", chegou a dizer o narrador, já na etapa final, vendo Neymar pilhado. O atacante seguiu na partida, sendo substituído já quase no fim da partida, somente com o amarelo do primeiro tempo.

Muricy alerta para o temperamento do brasileiro

No entanto, durante o Troca de Passes, programa pós-jogo do SporTV, o ex-técnico, de Neymar, inclusive, Muricy Ramalho, também alertou para o destempero do craque brasileiro. "Vai acontecer na Copa do Mundo essa marcação apertada, porque até aqui, na América do Sul, o Brasil está sobrando, mas na Copa do Mundo vai encontrar marcações cerradas, e vão pegar o Neymar, vão marcar forte, então a seleção brasileira tem que ter um pouco mais de controle", recomendou.

E foi justamente o fato de ter comandado Neymar, nos tempos de Santos, que fez Muricy ser mais explorado pela atração, para analisar a situação emocional do atacante, já projetando para o Mundial no ano que vem. "Eu trabalhei com vários jogadores assim, inclusive o Neymar, só que acho que ele era mais tranquilo na minha época. Ele está um pouco mais nervoso", iniciou.

"Acho que o treinador tem que se preocupar, sim, em chamar o jogador de lado, tem que conversar, explicar o que vai acontecer. Tudo o que aconteceu no jogo hoje aqui o Tite deve ter falado com o Neymar. Ou seja, que o lateral Isla, que é violento, que joga o tempo todo marcando forte, ia irritar o Neymar, então acho que o Neymar tem que estar preparado, já faz muito tempo que acontece isso (marcação pesada) e vai acontecer na Copa do Mundo, também. Vão marcar ele forte, vão pegar ele duro, e ele vai ter que se preparar para isso. Não pode ser nenhuma surpresa para ele ficar nervoso em um jogo desse", cobrou.

Também no FOX Sports o nevosismo de Neymar foi assunto: "Gostaria que ele tivesse um pouco mais de responsabilidade", criticou Edmundo na mesa redonda A Última Palavra. "A responsabilidade que o Edmundo falou acho que tem a ver com cartão. Não precisa ter tomado o cartão amarelo", fez coro PVC.

No SporTV, Galvão admitiu susto, mas elogiou frieza de Neymar

Se durante a transmissão da Globo Galvão demonstrou estar angustiado com o risco de expulsão de Neymar, no SporTV o narrador elogiou a frieza do atacante e mesmo do companheiro, Philippe Coutinho, igualmente amarelado, para não levar a segunda advertência, o que acarretaria expulsão. "Eu cheguei a pedir para o Tite: 'Tira os dois'. Porque estava 2 a 0, tava bom de tirar os dois, mas também quero registrar a cuca gelada do Neymar e do Philippe Coutinho", comentou.

"Mas eu acho que é também uma prova de maturidade para eles", argumentou Junior, o outro comentarista da transmissão global, no que Galvão soltou: "Mas ô risco dessa prova. Podia ficar fora da abertura da Copa."

"Mas eu acho que eles têm que passar para poder amadurecer", enfatizou Junior, "Mas que deu um nervoso, deu. Não deu não, né Casa?", questionou. "Poderia ter tirado antes, mas tudo bem, tudo acabou bem, mas o Neymar ainda tem aquele momento, aquele momento do cartão amarelo foi perigoso, porque logo em seguida ele fez uma outra falta e que poderia ter tomado outro cartão. Ele melhorou, depois acalmou, mas no momento que ele perde a paciência, é perigoso", avaliou Casão, preocupado.

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