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Arnaldo se diz favorável a árbitro de vídeo, mas pede "bom senso"

UOL Esporte

18/09/2017 23h28

Reprodução/SporTV

Principal analista de arbitragem da Rede Globo, Arnaldo Cezar Coelho, que por vezes demonstrou resistência a auxílio tecnológico à arbitragem humana, posicionou-se com um pouco mais de decisão em favor à adoção do chamado árbitro de vídeo, medida que a Confederação Brasileira de Futebol anunciou que terá a sua implantação antecipada no Campeonato Brasileiro por conta do polêmico gol irregular de Jô.

E o comentarista da Globo usou como argumento em defesa ao uso de tecnologia a dificuldade que disse notar no veloz futebol atual. Para ele, jogadas como a de domingo são difíceis para a equipe de arbitragem. "Não adianta colocar árbitro de vídeo se não tiver preparado e o jogo ficar interrompido a todo momento e não tem andamento. Por outro lado, há a necessidade do árbitro de vídeo porque o jogo está muito rápido, as bolas estão muito rápidas, a velocidade hoje em dia é muito grande e nem sempre o árbitro ou o assistente ou o vigia atrás do gol está focado naquilo ali. Às vezes, ele está focado em ver se bola entrou ou não entrou e não prestou atenção se o jogador tocou com o braço na bola", opinou.

"O lance do Jô só foi visto no replay. No tempo normal ninguém viu nada", fez coro Marco Antonio Rodrigues, um dos debatedores da atração do SporTV.

"Já vi mais de dez gols como esse feito pelo Jô. Eu já vi Adriano fazer um gol no São Paulo que foi chutar e o braço dele pegou na bola, e gol e ninguém falou nada. O problema todo é porque foi o Jô, tinha um antecedente e aí o pessoal pegou no pé", argumentou Arnaldo.

Apesar de relativizar sobre a dificuldade de arbitrar partidas tão intensas e dinâmicas, Arnaldo, no entanto, criticou o trabalho ruim de Eduardo Valadão, árbitro assistente adicional próximo à jogada que terminou no gol de braço do centroavante corintiano. "Tem que ser afastado. Não prestou atenção em um lance capital. 'Ah, a baliza atrapalhou'. Pode ter atrapalhado, mas, paciência, ele errou. Se ele tivesse visto, não estava essa confusão toda", justificou o analista.

"Na rapidez de um jogo, o vigia tem que ser muito treinado porque senão – aí vou defender a minha classe de comentaristas de arbitragem – todos os ex-árbitros virariam comentaristas de arbitragem. Mas não é assim, não, é difícil, você tem que treinar e se não aprender, não vai ter sucesso na atividade de árbitro de vídeo e nem de comentarista de arbitragem", enfatizou Arnaldo.

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