ESPN fica sem Copa em todos os países, mas tenta exibir destaques no Brasil
Fernando Narazaki* e Eduardo Ohata
Do UOL, em Bristol (EUA) e em São Paulo
A ESPN transmitiu por 12 anos a Copa do Mundo para o Brasil e muitos outros países. Mas em 2018 a emissora ficou sem os direitos de transmissão nos 61 países em que trabalha, incluindo os EUA, país-natal do canal.
No Brasil, a emissora transmitiu as edições de 2006, 2010 e 2014. "Os preços ficaram altos, pois o Brasil é um mercado muito competitivo e optamos por não transmitir o evento", explicou Mike Walters, vice-presidente de programação da ESPN Internacional. Além do Brasil, a emissora também envia o seu sinal para toda América, China, Austrália, Nova Zelândia e parte da África e da Europa.
Porém, a emissora não dá por perdida a cobertura do evento. O UOL Esporte apurou que a emissora ainda negocia para poder transmitir os melhores momentos das partidas. Seria uma forma de manter o evento com maior exposição no canal, que enviará repórteres para a Rússia e ainda deve realizar programas de debate durante toda a programação, como já é a tradição do canal.
Na Copa do Mundo, a cobertura do evento será feita com repórteres que serão enviados à Rússia. "Vamos manter a parte de jornalismo forte, que é a nossa marca. Transmitiremos o que ocorrerá fora dos campos. Só não teremos as partidas", disse Walters.
Se perdeu a Copa em todos os países, a ESPN tenta recuperar os direitos da Liga dos Campeões, já que o contrato com o Esporte Interativo acaba no final desta edição. "Nós estamos conversando com a Uefa, pois o contrato com a Turner (dona do Esporte Interativo) acaba e vamos tentar os direitos. Porém é uma negociação que demanda vários fatores", apontou o dirigente.
Outra competição que merece atenção da emissora é Roland Garros, que também tem o contrato vencendo com a BandSports no próximo ano. "Já transmitimos os outros três Grand Slams (Aberto da Austrália, Wimbledon e Aberto dos EUA) e claro que interessa transmitir Roland Garros", disse Walters, lembrando que a ESPN já detém os direitos nos EUA para mostrar o torneio francês.
Francês é preocupação
Ao mesmo tempo em que procura recuperar competições que já transmitiu no passado, a ESPN já espera uma negociação mais alta para manter o Campeonato Francês, que ganhou interesse dos brasileiros após a transferência recorde de Neymar para o Paris Saint-Germain.
O contrato de exibição da competição ainda tem mais um ano de duração e a renovação já está sendo debatida. Os primeiros jogos de Neymar no PSG aumentaram a audiência do canal, assim como ocorreu na SporTV, que também transmite o Francês para o Brasil.
* O jornalista viajou a convite da ESPN
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.