Filhos têm que torcer para o time do pai? Assunto esquentou programa da FOX

Reprodução/FOX Sports
Uma discussão antiga e comum entre apaixonados por futebol gerou debate no programa "FOX Sports Rádio" desta terça-feira (29): os filhos devem obrigatoriamente que torcer para o time do pai? O assunto partiu de uma declaração de Osvaldo Pascoal de que não vê essa necessidade e defendeu o direito democrático de escolha, ao contrário de todos os demais comentaristas da atração.
"Primeiro jogo que vi na vida, que meu pai me levou para ver no Pacaembu, (o estádio) tinha concha acústica ainda, foi Santos e Grêmio. Meu pai era um cara democrático, torcia para quem ele achava que tinha que torcer e deixava os filhos torcerem para quem queria", disse, para incômodo do apresentador Benjamin Back, que comentou: "Lamentável isso."
E Pascoal continuou: "Ele (pai) falava assim: 'Você pode torcer para quem quiser, mas antes você vai ver o Pelé'. Aí me levou para ver o Pelé no Pacaembu."
Contrariado com o que acabara de ouvir, Benja afirmou, enfático: "Vou falar um negócio para você, amigo: eu sou democrático em tudo na minha vida, menos nesse negócio de 'ah, o filho torce, escolhe'. O caramba, meu amigo. O filho tem que torcer para o time do pai."
O debatedor Felippe Facincani fez coro: "Nada é tão legal como o filho acompanhar o pai desde pequeno no jogo e ser doutrinado."
"Na minha casa, os meus dois filhos torcem para o filho do papai, amigo, não tem essa", voltou à carga, Benja.
"Os meus, também. Imagina, nenhuma chance (de não torcer para meu time)", concordou Flávio Gomes, outro comentarista do programa.
Pascoal, então, cobrou de Maurício Borges, o Mano, assumidamente corintiano: "Você torce para o time do seu pai?"
"Não", respondeu. "Eu, se fosse meu pai, tinha me tirado de casa, porque o pai tem que fazer isso, forçar o moleque a torcer para o time dele", comentou.
Após Benja voltar a reforçar que filho tem que torcer para o time do pai, sim, Pascoal argumentou: "Torce para quem quiser, cara. Não tem obrigação de torcer para quem você quer, porque acha que tem que torcer."
"Na minha casa, não tinha isso. Um, no começo, quando Corinthians estava na fase ruim, eu menti, fiz o diabo, não vai (torcer para outro time)", contou o apresentador, irredutível.
"Você mentiu para o seu filho?", indignou-se Pascoal.
"Menti. O futebol é muito mais sério do que você imagina. Cara, é uma coisa que você leva para o resto da vida", respondeu Benja.
"Imagina em dia de clássico, um domingo, o pai torcendo para um time, e o filho para outro. O almoço vai ser uma porcaria, porque o pai vai querer uma coisa, o filho outra", opinou Mano.
E Pascoal seguiu como único mais liberal: "Vou falar um negócio para você: meu pai me levou em todos os jogos em finais de semana que pude ir na minha vida. Jogo que ele ia torcer para um, eu para outro, sem problema algum."
"Ô queridão, garotão, não estou brincando, o futebol é muito sério. Você leva para o resto da sua vida momentos que passou na sua infância, com seu pai e o caramba. Como é que não vou ter fotos com meu filhos do mesmo (time)?", reforçou Benja.
"Para mim não tem nenhum problema, eu não tenho nenhuma dificuldade. Com meu neto não tenho nenhuma dificuldade em ver jogo com ele, e ele torce para um time (diferente).. Zero de problema", devolveu Pascoal.
"O senhor é uma maria-mole", soltou Facincani para Pascoal, que respondeu: "Sou. Eu sou democrático."
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