Mauro Cezar critica "Zebol" no Flamengo: "Não consegue fazer time progredir"
Em análise para o programa Bate-Bola na Veia, o comentarista da ESPN Brasil, Mauro Cezar Pereira, criticou a atuação do Flamengo no empate por 2 a 2 no clássico contra o Fluminense, neste domingo (18), no Maracanã, pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro. Ele usou a expressão "Zebol" para descrever o estilo de jogo do time comandado por Zé Ricardo.
"É um time que não cria, que cria muito pouco. Acho o fim da picada o futebol brasileiro depender demais dessa coisa de cruzamento na área, lateral na área, e o Flamengo virou isso. No ano era um time que apontava em outra direção, regrediu já no ano passado, virou 'Zebol', e esse 'Zebol' hoje é uma tônica, o time não progride, não evolui", cobrou.
O analista de futebol da ESPN afirmou não defender a demissão do contestado treinador rubro-negro Zé Ricardo, mas ponderou sobre a dificuldade do profissional em fazer a equipe evoluir e disse ver semelhança em relação ao que ocorreu com o gaúcho Roger Machado, que acabou deixando o Grêmio após dificuldade em fazer o time reagir sob seu comando.
"A cada jogo fica uma sensação de que o Zé Ricardo não consegue mais fazer esse time progredir. Não estou entrando nessa na discussão se fica ou se sai, essa ladainha toda. Não é nem isso. Ele é o técnico e vai continuar, especialmente porque o Flamengo empatou no final, mas fica realmente uma grande dúvida, porque ele não está conseguindo fazer o time andar. Lembra um pouco o que aconteceu com o Roger no ano passado no Grêmio. Depois de um trabalho muito bom que começou em 2015, chegou um momento que o Grêmio tinha problemas defensivos crônicos que não conseguia solucionar, caía, o time não reagia, vinha mal e aí mudou o técnico."
"Não se trata de mudar, entrar qualquer um no lugar do Zé Ricardo que vai resolver. Não se trata disso, não é ciência exata, mas me lembra um pouco o Grêmio nesse aspecto: recebe jogadores e não progride", reforçou.
E o comentarista ainda criticou as escolhas questionáveis, segundo sua avaliação, de Zé Ricardo para a escalação do time carioca.
"A manutenção do Márcio Araújo, único jogador que foi titular em todas as partidas do Flamengo no campeonato. O argumento que é veloz na recomposição, mas com Cuéllar fazendo a saída de bola, embora mais lento, no momento que o time não tem a posse Márcio Araújo fica numa função em que ele se projeta mais, e ele não faz rigorosamente nada, não consegue criar, é um jogador praticamente nulo. Mas segue no time, porque quando perde a bola é o cara rapidinho que corre para cobrir aqui, cobrir ali. É muito pouco para o cara ser titular de um time que tem outras ambições", observou Mauro Cezar.
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