Arnaldo volta a criticar árbitro de vídeo: 'criança vai engolir brinquedo'
O comentarista de arbitragem da TV Globo e ex-árbitro Arnaldo Cezar Coelho voltou a criticar veementemente o uso do árbitro assistente de vídeo no Mundial de clubes da Fifa, após nova confusão protagonizada pela tecnologia. Desta vez, o gol de Cristiano Ronaldo aos 48min do segundo tempo da vitória do Real Madrid por 2 a 0 sobre o América do México desta quinta-feira (15), em Yokohama, foi o pivô da polêmica.
No lance em questão, o árbitro paraguaio Eduardo Cardozo solicitou a revisão em vídeo gol, por ter ficado em dúvida em relação à posição de Cristiano Ronaldo na hora que saiu o passe em sua direção. Rapidamente, os jogadores do América do México saíram jogando, mas o árbitro paralisou a ação dos mexicanos e confirmou o segundo gol do Real Madrid na partida. Arnaldo chamou a decisão de "erro de direito" e voltou a ironizar a tecnologia, chamando-a de "brinquedo".
"A inovação é bem vinda. É igual a um brinquedo, quando bem aplicado, bem instruído para as crianças, ele vai funcionar direito. Se não explicarem para a criança, ela vai acabar engolindo o brinquedo. É a mesma coisa esse brinquedo que é o vídeo-árbitro. Que é uma coisa séria e transformaram num brinquedo que agora a pessoa de fora começa a dar pitacos", opinou o comentarista no SporTV.
Pelo que Arnaldo compreendeu do lance, Cardozo teria confirmado um impedimento e a bola entrou em jogo depois, o que qualificaria o erro da arbitragem. No entanto, não ficou claro se a infração foi marcada e o árbitro voltou atrás ou se foi apenas uma "malandragem" dos mexicanos, que teriam tentado reiniciar a partida como se o gol já tivesse sido anulado, enquanto o lance era analisado remotamente.
"O árbitro de vídeo, conhecido como teleárbitro, hoje fez uma lambança mais grave ainda que ontem. O árbitro manda cobrar impedimento, impedimento depois de cobrado, a bola está em jogo. Ele paralisa esse jogo e volta atrás e confirma o gol. Ele cometeu um erro de fato. Se ele escrever isso na súmula, vira erro de direito e o jogo pode ser anulado por uma lambança. Mas a Fifa vai dizer que foi tudo bonitinho, tudo correto. E o brinquedo que ela deu antes do Natal está corretíssimo", criticou.
"Para configurar um erro de direito, ele tem que registrar essa ocorrência na súmula e dizer que a bola estava em jogo", explicou. "Mas ele não vai escrever, portanto não via configurar o erro de direito. Mas é uma lambança muito grande. Hoje o mundo está perplexo diante desse brinquedo que atrapalha até o torcedor que curte um gol, depois descurte."
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