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Galvão e Reginaldo se emocionam com choro de Massa: "difícil falar"

UOL Esporte

13/11/2016 17h26

A despedida de Felipe Massa do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula, após abandono, teve direito a desfile com bandeira brasileira, abraços e beijos na esposa, Raffaela e no filho "Felipinho", cumprimentos de colegas de equipe e choro. Não só dele, mas igualmente da equipe de transmissão na cabine da Rede Globo, formada pelo narrador Galvão Bueno e os comentaristas Reginaldo Leme e Luciano Burti. E desabafo do locutor contra "detratores", segundo suas palavras.

"Olha que bonito isso. Gente", narrou Galvão, com a voz embargada, interrompendo a fala por alguns instantes. "Felipe, você pode chorar e nós também podemos aqui", justificou o comandante da transmissão global.

"Uma das mais comoventes cenas da história da Fórmula 1. Equipe por equipe, integrante por integrante, fazendo questão de dar um abraço. A corrida está com Safety Car e aí está o melhor momento da corrida, de emoção. Confesso que ficou difícil de falar. Olho pro lado e vejo Luciano Burti cheio de lágrimas nos olhos, e olho pro lado e vejo Reginaldo [Leme] cheio de lágrimas nos olhos. E quanta gente sai daí [do ambiente da Fórmula 1] odiado, chamado de desonesto na pista", comentou.

"Claro que existem muitos detratores, aqueles que gostam de falar mal, mas é o final de uma belíssima carreira dentro da história do Grande Prêmio do Brasil, com três pole position, duas vitorias. A terceira ele deu na última volta  pro Raikkonen poder ser campeão do mundo, [do contrário] seriam três vitórias. São cinco pódios. Na história da Ferrari, ficou atrás em número de vitórias apenas de três gigantes da história da Fórmula 1: [Michael] Schumacher, [Niki] Lauda e Alberto Ascari", desabafou.

Felipe Massa é cumprimentado pelos mecânicos da Ferrari (REUTERS/Paulo Whitaker)

"E eu o vi chorar pela primeira vez hoje no finalzinho do nosso papo no Esporte Espetacular. Ele sempre disse: 'eu não choro, cês nunca vão me ver chorar'. Tá aí se debulhando em lágrimas, vivendo essa emoção", observou enquanto era mostrada a imagem do piloto, com a bandeira brasileira, se despedindo do público de Interlagos.

Dentro do tom emotivo da transmiussão, Galvão ainda fez questão de resgatar ali um pouco da trajetória, do início da carreira do piloto brasileiro: "Gente, ele começou a correr de kart, aos 6 anos de idade. Ele veio, pra poder ver um carro de Fórmula 1, entregar comida em Interlagos. Levava comida no box, e disse pro cozinheiro: 'cê ainda vai me ver aqui'. Quando ele estreou, em 2002, ele foi a esse cozinheiro, que tava na Ferrari, e [falou]: 'cê lembra de mim?'. 'Tô mais ou menos lembrando', respondeu. 'Eu sou aquele menino que levava macarrão pra você fazer', [explicou]. O cozinheiro, que fez 8 anos comida pra ele na Ferrari, virou amigo, e disse: 'não acredito'. 'Pois é, tô aqui', [devolveu]'. Chora, mesmo, Felipe. 30 anos de uma vida bonita", enfatizou Galvão, desejando felicidades nos próximos passos da carreira do piloto e amigo pessoal.

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