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Ronaldo Fenômeno pede saída de Dunga e Galvão ataca Marco Polo del Nero

UOL Esporte

13/06/2016 21h07

Galvão narrou o jogo entre Brasil e Equador

Reprodução / Rede Globo

No dia seguinte à eliminação do Brasil da Copa América Centenário, que está sendo disputada nos Estados Unidos, o ex-jogador Ronaldo Fenômeno classificou a situação de Dunga no comando da seleção como "insustentável" e pediu mudanças, em entrevista transmitida pelo Jornal Nacional.

Na mesma reportagem, Galvão Bueno, principal narrador da Rede Globo, equiparou a desclassificação com derrota para o Peru com o 7 a 1 sofrido contra a Alemanha e questionou a legitimidade do presidente da CBF, Marco Polo del Nero.

A crítica de Ronaldo se limitou à questão técnica: "Acho que a situação do Dunga hoje é insustentável. A seleção precisa de mudanças. Temos Olimpíada daqui a pouquinho e a seleção precisa dar uma resposta à altura do seu futebol", disse. O tom do pentacampeão mundial foi seguido por Walter Casagrande.

No canal por assinatura SporTV, o narrador Luís Roberto também fez seu desabafo no programa Bem, Amigos!. "Seria muito simples e leviano encontrar uma figura (para criticar), como o técnico", disse. "Gostariamos de estar aqui dizendo que (o jogo com o Peru) foi 0 a 0, jogou bem, mas não dá", completou.

Ao fim da repotagem na Rede Globo, Galvão Bueno fez um longo editorial. Não poupou Dunga, mas também culpou Del Nero pelo fracasso nos EUA (no Grupo B da competição, o Brasil empatou com Equador, venceu o Haiti e perdeu para o Peru).

"Os problemas da seleção vão muito além das quatro linhas", disse, de começo. "Vivemos o maior trauma com o 7 a 1, na Copa de 2014, em casa. Mas não se classificar na Copa América, é uma vergonha quase tão grande quanto aquela", acrescentou.

"A crise atual é herança maldita de ex-presidentes presos, indiciados ou investigados pela Justiça. E um deles permanece no poder. Será que, neste momento crítico, Marco Polo del Nero tem condições de decidir sobre o futuro da seleção brasileira?".

Leia a fala completa de Galvão Bueno

Nossos comentaristas deixaram claro que o momento é de mudança. Mas os problemas da seleção vão muito além das quatro linhas, vão além dos estádios de futebol.

Vivemos o maior trauma com o 7 a 1, na Copa de 2014, em casa. Mas não se classificar na Copa América, em um grupo com Haiti, Peru e Equador, é uma vergonha quase tão grande quanto aquela.

Um desrespeito ao futebol brasileiro, de tantas tradições e conquistas. Vivemos a maior crise técnica e administrativa da história da seleção. Seleção que apresenta confusão tática em campo há muito tempo.

O que é ainda mais evidente é a falta de representação junto às entidades que regulam o futebol internacional. Saímos de protagonistas para coadjuvantes em um filme que ajudamos a escrever com cinco títulos mundiais.

É hora, sim, de mudar, porque estamos a menos de dois meses das Olimpíadas e nosso desepehnho nas eliminatórias mostra que a classificação para a Copa de 2018, na Rússia, corre sério risco atualmente. 

A crise atual é herança maldita de ex-presidentes presos, indiciados ou investigados pela Justiça. E um deles permanece no poder. Será que, neste momento crítico, Marco Polo del Nero tem condições de decidir sobre o futuro da seleção brasileira?

Mais cedo, Galvão já havia soltado o verbo

Galvão tem atacado os dirigentes da CBF desde que o árbitro apitou o fim do jogo contra o Peru. Ainda na transmissão, classificou a eliminação como "vexame". Nesta segunda-feira (13) pela manhã, o narrador interagiu com seus seguidores na internet, via rede sociais.

"Sou um duro crítico da CBF, de seu presidente [Del Nero] e de suas omissões!", disse.

"Não pedi cabeça de ninguém, apenas disse que não sei se essa comissão técnica continua e que infelizmente a decisão vem de uma só cabeça, de um presidente sob investigação e que nem viajar pode", prosseguiu.

O narrador se mostrou triste pelo resultado da seleção. Ele lembrou ter trabalhado em conquistas de Copas do Mundo, de Copas das Confederações e de Copas América: "Agora vejo essa sequência de fracassos, verdadeiros vexames! Poderia mesmo estar chorando!".

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