Topo

Galvão se anima com "seleção menos 7 a 1", mas depois corneta

UOL Esporte

05/06/2016 01h13

Galvão narrou o jogo entre Brasil e Equador

Galvão narrou o jogo entre Brasil e Equador

Ao ver a seleção em campo sem nenhum representante do vexatório 7 a 1 da Copa de 2014 na estreia desta noite na Copa América, Galvão Bueno se animou e chegou até a vislumbrar uma nova no início da transmissão da TV Globo. No entanto, com as dificuldades do time brasileiro a esperança virou preocupação para o narrador, que passou a cornetar a equipe de Dunga que não foi além de um 0 a 0 com o Equador.

"Terceira vez que a seleção vem jogar aqui [e não faz gol]. Na final olímpica de 1984 perdeu 2 a 0 da França e não fez gol. Na final de 1994 empatou em 0 a 0, e agora volta ao Rose Bowl pra jogar a abertura da Copa América do Centenário e continua sem fazer gol. 300 minutos de futebol sem nenhum gol marcado aqui", disparou.

"Terminou todo um ciclo de campeões do mundo quando Kaká foi cortado na quarta. Sinto esse jogo de hoje como um absoluto recomeço. Ninguém em campo do 7 a 1. Que seja um divisor de águas", discursou, nos primeiros instantes do jogo.

"Esse jogo é importante começar bem para retomar a moral que o Brasil sempre teve", fez coro Ronaldo, que a exemplo de Walter Casagrande e Júnior comentaram a partida dos estúdios da Globo no Brasil. Só Galvão e Arnaldo Cezar Coelho na cabide no Rose Bowl.

"Brasil sempre ali nos 30 metros, sempre muito compacto", elogiou taticamente a equipe de Dunga, um ainda animado Galvão.

"Eu tô gostando dessa mobilidade, dessa agilidade, ter volante com habilidade a bola sai mais rápida, mais redonda, a criatividade fica mais rápida", comentou Casão.

E Ronaldo concorda com a dupla: "Time bem compacto, mesmo. O desafio do Dunga é aproveitar melhor a característica de cada jogador pelo que jogam nos seus clubes". Para depois cornetar Dunga: "A seleção tem grandes jogadores, mas depende ainda de um trabalho imenso assim do treinador."

Mas o 0 a 0 persiste e Galvão se impacienta de vez, ainda na primeira etapa. "Futebol é feito de chute, gol é feito com chute, alguém tem que chutar no gol. Casagrande, Ronaldo?", reclama, após jogada do meia Philippe Coutinho sem conclusão à meta adversária.

"Tem que chutar, mas quando ele pegou a bola o zagueiro do Equador tava fechando o espaço dele, ele tentou, mas não dava pra bater porque tinha um jogador na frente", ponderou Casagrande.

O jogo não era bom e rendeu até menção ao cantor Justin Bieber, novo "parça" de Neymar, ambos presentes no estádio. E até piada de Ronaldo: "Canta muito melhor do que joga", disse sobre o astro canadense.

Com 10 minutos do segundo tempo, o trio mais participativo a transmissão da Globo sugere alteração no Brasil. "Eu daria mais um tempo, mas gostaria de ver o Gabriel no jogo", comenta Casão. "Eu vou com você nessa", faz coro Galvão, com mais uma concordância de Ronaldo, após o narrador cobrar uma opinião do campeão do mundo sobre o assunto. "Eu concordo com Casão. Acho que ele entra e se firma na posição."

"Confesso que preferia o Neymar do lado do Philippe Coutinho", soltou Galvão após nova referência ao craque da seleção, que além de Bieber ainda tinha a companhia de Lewis Hamilton no Rose Bowl.

Aparentando um certo tédio com o jogo e em momento supersincero, Ronaldo fez nova graça na transmissão. "Galvão, o jogo tava sem emoção que fiquei curioso de ouvir uma chamada sua da nova novela da Globo", sugeriu, sendo atendido: "Haja Coração", disseram narrador e Arnaldo, título do folhetim das 19h.

Sobre falha de Alisson em gol mal anulado pela arbitragem, que viu saída de bola antes do cruzamento de Bolaños da linha de fundo (o goleiro brasileiro se embananou e deixou a bola entrar no fundo das redes, no que seria um frangaço), Galvão o defendeu: "Só toma gol assim quem está no gol e leva mais sorte ainda quando não vale o gol."

A falta de chances de gol passou a irritar Galvão e analistas. "Gosto da posse da bola, mas tem que transformar isso em ocasião de gol, chutar no gol", reclamou Ronaldo.

"Concordo com o Ronaldo. Gosto de posse de bola progressiva, nada de tocar de lado", seguiu o colega Casagrande. "Muito toque de bola. Toca daqui, toca dali, falta bater no gol", queixou-se o narrador.

"Sinto falta de uma ousadia a mais. Não só de trocar centroavante por um centroavante, de um ponta direita por um ponta direita. A seleção precisa vencer o jogo", impacienta-se Ronaldo, após Galvão reclamar de Dunga por não fazer a última alteração, restando cinco minutos para o fim da partida. Lucas Lima entraria, na sequência, mas sem que o 0 a 0 se modificasse.

Sobre o Blog

A TV exibe e debate o esporte. Aqui, o UOL Esporte discute a TV: programas esportivos, transmissões, mesas-redondas, narradores, apresentadores e comentaristas são o assunto.