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Gentili cita Trajano no Facebook: "me acusou de um crime que jamais cometi"

UOL Esporte

28/05/2016 22h35

Motivo de crítica de José Trajano à ESPN Brasil por causa de sua presença no programa "Bate-Bola Debate" da última terça-feira (24), o humorista Danilo Gentili usou o seu Facebook para se defender da acusação do ex-diretor de jornalismo do canal esportivo de fazer apologia ao estupro.

"Ontem, retiraram de contexto um post meu de 2012, em que eu ironizava mais uma das estúpidas polêmicas do Big Brother, e o publicaram como se fosse um comentário a favor do estupro da menina do Rio de Janeiro, ocorrido nesta semana, em 2016, portanto. Conseguiram o que queriam: a ira e o repúdio de muita gente contra mim…É assim que funciona a máquina de moer reputações. E você, que está lendo isto agora, paga por ela… O militante petista Trajano, usando seu distintivo de jornalista, ontem me acusou na televisão de um crime que jamais cometi (e com certeza jamais cometeria). Ao contrário do que esse povo diz, eu não acho que todo homem é um estuprador em potencial, pois eu sou homem e abomino o estupro", escreveu, neste sábado (28), o apresentador do talk show do SBT "The Noite", em longa postagem em seu Facebook intitulada "A máquina de moer reputações a todo vapor (a íntegra por ser lida aqui).

Na mesa redonda "Linha de Passe", Trajano, se dizendo falar em nome de um grupo da emissora, fez um protesto contra a presença de Gentili na programação da ESPN.

"Quero representar aqui um grupo da ESPN que me tornou porta-voz desse protesto que vou fazer aqui, porque o canal abrigou nesta semana um personagem engraçadinho que se posta como se fosse um sujeito que faz apologia do estupro, em nome do humor, dizendo que no humor cabe tudo. Esse grupo ficou irritado, ficou enojado com a presença dele. E o outro engraçadinho também já participou de transmissões aqui da NBA. Eu tô representando esse grupo", desabafou Trajano, também se referindo a Rafinha Bastos, que já participou como convidado de jornadas de playoffs da NBA e no início do ano para acompanhar in loco, nos Estados Unidos, o último Super Bowl.

Falando em "alienação", o jornalista criticou a própria produção da ESPN Brasil. "Foi convidado talvez por um descuido da produção, uma produção alienada e não comprometida com o que acontece no país, justificando a pecha muitas vezes que jornalista esportivo tem de ser um sujeito alienado, e por fora o que acontece no país. Acontece. Eu tô falando isso tudo aqui pra que a gente não saia na rua amanhã e seja confundido com o pensamento dessa gente, que eu e esse grupo abominamos", encerrou o discurso crítico.

Na atração, Trajano lamentou o terrível caso de estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos no Rio de Janeiro, solidarizando-se com as mulheres brasileiras vítimas de estupro e manifestou apoio à campanha pelo fim da "cultura do estupro".

"Somos todos contra 30 e, evidentemente, contra a violência sofrida pelas mulheres aqui no Brasil. O que aconteceu no Rio de Janeiro foi uma coisa cruel, absurda", declarou.

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