Topo

Marcelinho melhor do que Messi e editorial de Galvão: bombou na TV em 2015

UOL Esporte

27/12/2015 06h00

A TV esportiva brasileira foi bem agitada em 2015. Teve de tudo: do polêmico "Messi vive de lampejos, não é como Marcelinho", de Mário Sérgio no Fox Sports, passando por comparações de Corinthians com os gigantes europeus Barcelona e Bayern e pelos inúmeros desabafos de Galvão envolvendo seleção, Dunga, CBF, Del Nero e Fifa. E, de quebra, o tão aguardado (quase) nu de Maitê Proença no programa Extraordinários.

Veja quem e o quê deu o que falar ao longo do ano:

Créditos: Reprodução
Mário Sérgio: "Messi é jogador de lampejos, Marcelinho era mais constante"

Mário Sérgio fez um bom barulho no programa Boa Noite Fox de 10 de junho ao dizer que Messi é um jogador que vive de lampejos e que o ex-jogador Marcelinho Carioca, presente no programa, era mais constante que o craque argentino.

"Os tempos mudaram. Eu peguei ainda Müller, Silas, esse pessoal todo que jogava num ritmo de altíssima velocidade, um padrão de velocidade mais ou menos parecido com o que se joga hoje. Não é muito diferente, não. O Marcelinho veio depois. Você vê o futebol hoje, jogado, o Messi, por exemplo, eu cobro muito do jogador não viver só de lampejos. Cobro ser constante durante o jogo, porque aí ele está prestando um serviço constante ao conjunto. O Messi é um excepcional jogador, mas é um jogador de lampejos", declarou.

"[Messi] não é um jogador como, por exemplo [apontando para Marcelinho], você, mais constante, que participava 90 minutos, armando, chutando, batia falta, escanteio. Mudou-se muito o conceito do que é um jogador fora de série. O que temos de referência hoje é o Messi. Eu via na tua época muito mais jogadores", disparou.

A opinião polêmica de Mário Sérgio chamou atenção dos comentaristas Paulo Vinicius Coelho e Mauro Beting ali. "Eu não me conformei muito com a história da constância do Messi"', comentou PVC. "Eu não conformei com nada", acrescentou Beting. "Para não falar de memória, fui procurar direitinho [dados]: 58 gols e 28 assistência, passes pra gol na temporada. É muita coisa, disse Paulo Vinicius. "Tô com o PVC, discordo do Mário. Messi é de um nível de constância absurda. Duas jogadas do Messi valem por 600 de nós", opinou Mauro.

Créditos: Reprodução

Corinthians de Tite do nível de Barcelona e Bayern? 

Primeiro foi o editor-chefe de jornalismo do Sportv em São Paulo, Carlos Cereto, que garantiu: o Corinthians campeão brasileiro, comandado por Tite, não faria feio num duelo contra o Barcelona do trio MSN (Messi, Suárez e Neymar) e do cerebral Andrés Iniesta.

"Acho que teria chance. Não tomaria um passeio. Se jogarem dez vezes, vai dar nove vezes o Barcelona, sobretudo se tiver o trio Neymar, Suárez e Messi. É muito difícil, mas não tomaria um passeio. Daria jogo", analisou no programa Redação de 3 de novembro.

Depois foi a vez do comentarista Walter Casagrande, que foi além: comparou o futebol jogado pelo Timão não só ao do atual campeão europeu, mas também ao do Bayern de Munique, de Pep Guardiola.

"O Corinthians fez um futebol maravilhoso. O Brasil valoriza pouco o que é bom aqui. Quando se fala de Barcelona, se fala de Bayern de Munique, é real. Não vejo porque não falar do Corinthians nesse mesmo nível, pelo futebol que apresentou aqui. Não acho que é loucura, absurdo. Não é só porque é um time brasileiro, time sul-americano que não pode ser comparado com o Barcelona e o Bayern de Munique. Eu comparo, sim. Pode me criticar", desabafou no Bem, Amigos, de Galvão Bueno, no dia 7 deste mês.

"O que eu vi do Corinthians este ano na maioria das vezes foi coisa de Barcelona, coisa de Bayern de Munique", enfatizou ali.

Créditos: Reprodução

Com a faca entre os dentes: nunca Galvão foi tão crítico como em 2015

Em 6 de junho chamou atenção o longo pronunciamento, quase um editorial de Galvão Bueno sobre o escândalo envolvendo dirigentes ligados à Fifa, momentos antes da final da Liga dos Campeões da Europa entre Barcelona e Juventus.

Galvão aproveitou o local daquela decisão, o estádio Olímpico de Berlim, na Alemanha, para iniciar assim a sua fala: "foi onde, em 1936, Jesse Owens, um negro americano, calava Hitler e todos os nazistas nas conquistas do ouro [olímpico] do salto em distância. Graças a Deus, a mentalidade do mundo muda um pouco, e graças a Deus uma das avenidas que dá acesso ao estádio se chama Jesse Owens."

"Eu estou otimista quanto a essa situação, porque a renúncia do Blatter, e toda a falta de apoio [a ele] que foi crescendo, grita de líderes mundiais, era algo esperado e é positivo. Tem que ser, sim, investigado tudo e os responsáveis, fora e dentro do Brasil, têm que ser punidos", bradou ali o narrador.

Mas não parou por aí. Por inúmeras vezes ao longo deste ano, Galvão, seja em transmissões e programas da Globo ou o comando do seu "Bem, Amigos", foi bastante crítico. Ainda sobre a Fifa, alvo constante das indignações do narrador global, a entidade mereceu crítica também por proibir uma faixa pedindo paz no mundo durante Brasil x Peru, pelas Eliminatórias: "a Fifa proibiu, diz que não se pode dar nenhuma mensagem. Não se pode pedir paz num mundo de hoje? Por isso que está desmontando toda a estrutura da Fifa", alfinetou.

Muitas vezes, sobrou críticas para Dunga, técnico da seleção, como no dia seguinte à eliminação da Copa América. "Sou contra esconder as coisas. Muito treino fechado, muita coisa escondida. Esconderam muito, quando esconde, é porque a coisas não caminham certo", detonou Galvão, no programa Esporte Espetacular, a a postura de Dunga e suas escolhas, inclusive dando pitaco nos convocados.

"Não quero sacrificar nenhum jogador. Nosso problema foi a escolha (do treinador). Por que foi tão no dia seguinte (ao 7 a 1)?  Por que não estudou o Brasil, não se abriu conversa? Como foi a convocação? Por que ficou fora o Lucas para chamar o Douglas Costa? Como um Hernanes fica de fora dessa seleção? Como Kaká, com a bola que está jogando nos EUA, fica de fora?", indagou. Curiosamente, Douglas Costa, um dos alvos do narrador, hoje é destaque no Bayern de Munique, um dos melhores times da Europa, e está em alta também na seleção do criticado Dunga.

"Diria que foi a pior, a mais medíocre participação do futebol brasileiro em toda a história da Copa América, e olha que estou em Copa América desde 1983. Jamais vi uma participação tão medíocre, uma coisa que fere a história construída por pessoas como Ronaldo Fenômeno e Roberto Carlos ao longo dos tempos, através dos anos", detonou, em seu programa no Sportv, que recebia os dois ex-jogadores citados.

E foi no mesmo "Bem, Amigos" que o narrador perdeu a paciência com Marco Polo Del Nero, na época ainda sem se licenciar do cargo de presidente da CBF: "todo mundo sabe que ele não comparece [a reuniões e eventos da Fifa no exterior] e não sai do Brasil porque tem medo de ser preso", chutou o balde, Galvão Bueno. Foi só um dos vários desabafos feitos pelo narrador em relação ao cartola e a própria CBF.

Créditos: Reprodução
Maitê (quase) nua no Extraordinários rendeu

Um dos momentos mais aguardados do ano foi a nudez de Maitê Proença no programa Extraordinários, em cumprimento a uma promessa atrelada ao acesso do seu Botafogo à Primeira Divisão. A atriz, claro, não ficou totalmente pelada, algo impensável para um canal esportivo, mas ao menos fez um strip-tease criativo que agradou boa parte dos telespectadores.

Inicialmente, ela e seus colegas da atração dominical brincaram com uma queda de luz ali que impossibilitava que o prometido nu fosse visto pelos assinantes do canal. Na segunda, pra valer, de vestido preto brilhante, salto alto, luvas e gargantilha, a loira se insinuou, fez trejeitos sensuais e foi tirando, peça por peça, tudo ensaiado e com a colaboração dos seus colegas, todos com trajes de gala.

Não teve o nu 100%. Maitê apareceu com as partes íntimas do corpo pintado com as cores do Botafogo.

Sobre o Blog

A TV exibe e debate o esporte. Aqui, o UOL Esporte discute a TV: programas esportivos, transmissões, mesas-redondas, narradores, apresentadores e comentaristas são o assunto.