Repórter do Sportv no Pan foi goleiro na fase de ascensão do São Caetano
Um dos principais nomes do SporTV na cobertura do Pan de Toronto (CAN), o repórter e apresentador Edgar Alencar tem também uma história para contar nos campos de futebol. Não que seja uma história recheada de glórias, mas ele viu de perto a ascensão meteórica que o São Caetano teve no fim da década de 1990 e início dos anos 2000.
Edgar atuou como goleiro nas categorias de base do Azulão e chegou a amaciar chuteiras para atletas que depois ficariam famosos pela equipe do ABC Paulista, como Sílvio Luiz, Serginho, Japinha, entre outros.
"Quando eu era moleque, jogava bola no Corinthians de Sapopemba (bairro de São Paulo) e aí surgiu um convite para jogarmos num clube de São Caetano chamado SERV São José. Em um certo momento lá pelo ano de 1996, 1997, falaram que íamos defender o São Caetano, que tinha um projeto bacana para crescer. E foi uma experiência muito legal, pois vi de perto vários caras surgirem. Nunca jogávamos no Anacleto Campanella, mas peguei muito carinho pelo time e até hoje eu acompanho as partidas. É meu segundo time", contou Edgar ao UOL Esporte.
Ele ficou no clube até completar os 17 anos, quando fazia a transição para a equipe juvenil e tinha expectativas de disputar a Copa São Paulo de Futebol Júnior. Achou que seria melhor seguir uma carreira em outra área e tentar ingressar em uma faculdade.
"Eu passei em uma prova que me dava a oportunidade de fazer um cursinho para vestibular grátis e meus fins de semana eram para jogar bola e estudar. Vi que não ia dar para fazer os dois e resolvi ir estudar. Escolhi o jornalismo porque sempre gostei muito não só de futebol, mas também de outros esportes. E já que não dava para jogar, então fui falar sobre", disse.
E Edgar não se arrepende da escolha que fez. Segundo ele, dos jogadores que atuaram ao seu lado no São Caetano apenas um vingou: o lateral-esquerdo Roger Guerreiro, hoje naturalizado polonês e que defendeu o Corinthians entre 2002 e 2005 e ficou marcado por expulsão contra o River nas oitavas de final da Libertadores de 2003.
"De todo mundo que jogou comigo, só um estourou e nem era o melhor do time. É o Roger, mais popular como 'pega-pega'. Por esta média deu para ver que minha escolha foi boa", disse.
Após se formar em jornalismo, Edgar começou sua carreira na TV Tem, de Bauru. Em 2008, recebeu o convite para ir ao SporTV trabalhar na vaga aberta pela saída de Tiago Leifert para Globo.
Depois, em 2011, foi enviado pelo canal para trabalhar como correspondente em Pequim (CHN) e ficou lá por pouco mais de dois anos.
"Trabalhava num escritório que na verdade não era um escritório e tinha apenas uma tradutora para me ajudar. O câmera era freelancer. Mas foi uma experiência de vida incrível. Aprendi a me virar em chinês para conseguir me movimentar e comer. Ler, eu já desisti logo de cara", disse ele, que precisou dar jeitinho brasileiro em algumas oportunidades para driblar as restrições do país.
"Teve uma vez que eu mandei o cinegrafista esconder a câmera atrás de uma moita e fomos entrando no lugar que não podia (risos)", contou.
Depois de voltar da China, embarcou em uma nova aventura ao lado de Raphael Rezende e Fred Chimelli. Antes da Copa do Mundo de 2014, visitaram os 31 países que mandaram seleções para o Brasil.
"Contando as escalas, passamos por 38 países. Foi uma loucura. Uma experiência profissional espetacular", disse.
Em maio deste ano, começou a apresentar ao lado de Janaína Xavier o Planeta SporTV e no Pan de Toronto faz a sua estreia em um grande evento poliesportivo, após cobrir mundiais de diversas modalidades.
"Estou com 31 anos, indo para 32 e já fiz coisas que nem imaginava. E tenho certeza que o São Caetano não perdeu nenhuma grande revelação.
Por Fábio Aleixo
Do UOL, em Toronto (CAN)
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