Avallone elege os maiores narradores que já viu no Brasil
Roberto Avalone no ínicio dos anos 2000, quando comandava o Mesa Redonda, na TV Gazeta
Aos 66 anos, o comentarista esportivo Roberto Avallone ainda tem na memória a narração de um gol do Palmeiras, seu clube de coração, ouvida pelo rádio em 1960, quando ele tinha 11 anos. E no melhor estilo que ele consagrou na TV, abusando da memória palestrina, ele afirma até a data, ao ser perguntado sobre uma narração marcante para os seus ouvidos.
"Foi no dia 10 de janeiro de 1960. O Palmeiras vivia uma fila de nove anos e enfrentou o Santos de Pelé, em uma melhor de três partidas". O título em disputa era o de 1959. Está certo que não foi um jogo qualquer. A partida é lembrada como o maior Santos e Palmeiras disputado no Pacaembu em todos os tempos.
E em um jogo que tinha em campo Djalma Santos, Julinho Botelho e Jair da Rosa Pinto pelo Palmeiras, além de Pelé e Pepe pelo Santos, quem se consagrou foi o improvável ponta-esquerda Romeiro, que, de falta, marcou o gol do título palmeirense.
Revelado pelo América-RJ, ele chutou forte a partir do lado direito da área. Segundo Avallone, Pedro Luiz teve a impressão que ele erraria a cobrança, mas se corrigiu a tempo de narrar o gol histórico. "Ele chegou a titubear, mas em seguida foi uma explosão", lembra Avallone, para quem, o rádio, naquela época, era uma referência para o esporte.
Naquele dia, Pelé abriu o marcador, ainda no primeiro tempo. Julinho Botelho empatou no fim da etapa, ao receber um passe de Romeiro. O mesmo que decidiria o jogo no segundo tempo. Nos dois primeiros jogos, foram dois empates, por 1 a 1 e 2 a 2.
"Tivemos grandes narradores. Depois do Pedro Luiz, vieram José Silvério, Osmar Santos, Fiori Giglioti (…) Gosto muito do Éder Luiz também. Na televisão, minha preferência é para o Galvão Bueno. Todos são comunicadores natos", diz. Ainda assim, ele considera Pedro Luiz o maior de todos os tempos.
"Ele conduzia a partida como ninguém. Numa época em que a televisão ainda começava no Brasil, a nossa grande referência era o rádio. Foi um período muito interessante da comunicação no Brasil", diz ele, que é formado em ciências sociais e passou pelo Jornal da Tarde e pela TV Gazeta, onde marcou época com o Mesa Redonda.
Vagner Magalhães
Do UOL, em São Paulo
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