Apresentadora da Band conta como ganhou apelido "malicioso" ao vivo na TV
Patricia Maldonado já foi uma jovem que comandava um cavalo e saltava 4 horas por dia, vislumbrando uma carreira no hipismo. Hoje, pode ser vista na TV, como uma "curinga" da Bandeirantes. Ela pode aparecer em um momento no Jornal da Band, em outro na cobertura do Carnaval ou, como aconteceu em janeiro, no Jogo Aberto, retomando o assunto em que se lançou como jornalista, o esporte.
A apresentadora de 39 anos, natural de Valinhos, no interior de São Paulo, coleciona aprendizados, amizades e causos em suas passagens pela EPTV, afiliada da Globo, SporTV, Record e agora a Band. Esteve ao lado de nomes como Denílson, Milton Neves e Téo José, mas guarda com carinho o contato que teve com Armando Nogueira. Foi com ele, morto em 2010, que ela tirou grandes lições e com quem também pôde dar algumas gargalhadas.
Foi com ele que Patricia passou seu momento mais engraçado no ar. Uma piada que levou na boa, contornou com jogo de cintura, mas que deixou encabulado seu autor, o próprio Armando.
"Uma vez, na Copa da Coreia (2002), ele em vez de me chamar de Patrícia Maldonado brincou no ar e falou: Patrícia Bem Dotada", conta ela. A referência, é claro, era à inteligência da jornalista. "Era uma brincadeira, não era pejorativa ou maldosa. Mas, quando cheguei na redação, eles estavam quase ajoelhando, pedindo desculpas, falando que eu poderia me ofender. Mas nunca me ofenderia com o Armando".
Patrícia destaca o jornalista como um dos que a "formatou" para se tornar a apresentadora que é hoje, junto a Paulo Henrique Amorim, na Record.
"O Armando me fazia dar risada, perder o rebolado no ar. Eu era muito crua na época, se saísse do combinado, eu não sabia o que fazer. Então, ele me colocou em situações, me testou, e foi bom para eu aprender", disse ela, que substituiu Renata Fan no Jogo Aberto, em janeiro, e agora se prepara para a cobertura do Carnaval 2015.
Antes das câmeras, os cavalos
A paulista cresceu em Valinhos e passou parte da infância se testando em esportes, incentivada pelos pais. O que ela mais encaixou foi o hipismo. E a história foi longa, foram 12 anos cavalgando e participando de competições de salto, levando a sério a rotina paralela com os estudos.
Quem é sua preferida na apresentação do Jogo Aberto?
Resultado parcial
Total de 25164 votos"Eu joguei tênis, vôlei, fiz atletismo… Mas escolhi o hipismo. Treinava todos os dias, quatro ou cinco horas por dia, e competia nos fins de semana nas provas de salto. Por um tempo, também dava aula na hípica de Vinhedo. Então, fazia faculdade e à tarde ia treinar ou dar aula", conta ela.
A agenda começou a ficar apertada com os trabalhos como jornalista. Ela passou a trabalhar na EPTV, afiliada da Globo na região de Campinas. "Eu levava a sério, mas aí virou hobby. E eu não sei fazer as coisas se não for pra valer", explica Patrícia, que quando entrou para a Folha de S.Paulo enterrou de vez os sonhos de treinar e competir na Bélgica, palco nobre para cavaleiros e amazonas. Sobraram as saudades e os fins de semana de montaria, "sem grandes estripulias".
No jornalismo, ela acabou migrando da EPTV para o SporTV naturalmente. Ela fazia matérias que iam para o Globo Esporte, acabou indicada e entrou no canal de TV fechada, onde consolidou a carreira.
"Não achava que sabia fazer tanto futebol, mas virou um passo grande na minha carreira. Fiz muita coisa, como a Copa, e todos os eventos mais importantes do período. De cara fui para o "Troca de Passe" – ainda não era "Troca de Passes" –, com o Armando Nogueira e imagina o quanto pude aprender. E o bom é que o esporte é uma boa base para qualquer jornalista. Dá jogo de cintura."
O SporTV lhe rendeu histórias para contar para os netos, como cobrir o pentacampeonato com a seleção brasileira. Depois, Patrícia ainda passou pela Record, antes de ser contratada para seu emprego atual, na Band, fazendo de tudo um pouco.
"Não tenho uma área de preferência, uma das minhas características é essa capacidade de transitar por diversas áreas, e a Band enxerga. É maravilhoso. Eu não gosto de um assunto específico, gosto é da TV", explica ela. O carinho pelo esporte, no entanto, é especial. "Trabalhei com Rivelino, Júnior, Denilson, Ronaldo Giovanelli, Milton Neves… Gosto de saber os bastidores, e, como jornalista, você vai até um ponto. Depois dele tem o que só os jogadores sabem, e eles sempre foram muito generosos em contar e me ensinar."
Maurício Dehò
Do UOL, em São Paulo
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