Fátima Bernardes defende choro da seleção: "é que incomoda muito os homens"
A quantidade de lágrimas que já escorreu nos rostos dos jogadores da seleção brasileira durante esta Copa do Mundo causou diferentes opiniões do público, mas para a jornalista Fátima Bernardes, a questão afeta mais aos homens do que às mulheres, de maneira geral, por causa do machismo existente na sociedade.
"É que o choro incomoda muito aos homens. Ver um atleta de alto nível chorando, para vocês jornalistas que escrevem sobre futebol, principalmente. Não é como se estivéssemos à beira de um colapso. Acho que a visão feminina lida melhor com o choro. Não é desespero, é emoção. Até em uma relação de casal, se a mulher chora, incomoda. Somos muito passionais", comentou a "Musa da Copa de 2002" durante o programa Seleção, do Sportv.
Apesar de muitos jogadores do Brasil terem chorado, as maiores críticas foram sobre as lágrimas do goleiro Júlio César antes da disputa de pênaltis contra o Chile, pelas oitavas-de-final do Mundial. Para Fátima, o choro não pode ser confundido com desequilíbrio.
"Qual o problema de chorar? Se o choro não comprometer o que você faz em campo…A desorganização em campo não é causada pela emoção. Eu vejo muito comprometimento quando vejo o choro, e não abalo", continuou a jornalista.
Companheiro de "mesa" no programa, Paulo César Vasconcellos confessou que também se emocionou com o camisa 12 da seleção brasileira.
"Eu estava no Sportv no momento e chorei junto. Quando a gente é pequeno costuma ouvir que homem não chora, e isso marca", comentou o carioca.
Fátima Bernardes participa de sua quinta cobertura de Copa do Mundo pela Rede Globo (94, 2002, 2006 e 2010), tendo ficado fora da Copa de 1998, na França, por causa do nascimento de seus trigêmeos com o também jornalista William Bonner.
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