PVC refuta obsessão por estatística e se diz normal: "namoro, tomo cerveja"
Paulo Vinícius Coelho, o PVC, é um dos jornalistas mais conceituados da TV fechada. Há 13 anos na ESPN Brasil, ele ficou conhecido pela sua característica de usar dados estatísticos nas suas análises. Apesar disso, o comentarista refuta ter qualquer tipo de obsessão por números.
"Vou pro boteco, tomo cerveja, vou ao cinema, namoro. Tenho vida, duas pernas (risos)", brincou PVC em entrevista ao UOL Esporte, ironizando qualquer fama de certinho.
Mas o 'lado normal' de PVC não existe quando o assunto é o futebol. O jornalista diz ser mais apaixonado pelo esporte do que pelo seu próprio time do coração e, para exemplificar, faz piada novamente.
"Brinco que a primeira coisa que perguntei para a minha mulher quando a conheci é se ela tinha o mesmo time que o meu. A segunda pergunta foi: qual seu nome?".
O gosto pela estatística virou uma marca na carreira de PVC, que além de ser comentarista e ter um blog na ESPN Brasil, atualmente é colunista do jornal Folha de S. Paulo. Mas Paulo Vinicius Coelho, que também passou pelo Diário Lance!, Estado de S. Paulo e Revista Placar, não concorda em ser reconhecido por essa característica.
"Acho curioso que as pessoas falam sobre estatística. Não sou um cara exatamente de estatística. Calculo algumas coisas, mas acho que é muito mais história. Mesmo quando você diz assim: o maior campeão dos pontos corridos foi o Flamengo, com 67 em 2009, na verdade isso é história. Estou me baseando na história do campeonato, que pode ou não determinar o que acontece no futuro".
Porém, foi justamente esta característica de PVC que motivou a criação de um fake em sua homenagem no Twitter. O mais conhecido dos perfis falsos sobre o jornalista fez tanto sucesso que tem mais de 30 mil seguidores. O @pvc_espn é autointitulado como "as melhores falsas estatísticas do esporte mundial".
NAS RUAS: VOCÊ NÃO É DO SPORTV?
- PVC também falou sobre o contato com os telespectadores nas ruas. Ele comentou que recebe abordagens de todos os tipos. Até de pessoas que acham que ele trabalha no Sportv. "Tem todo tipo de abordagem. Desde o cara que fala que concorda muito com o que falei no Linha de Passe [um dos programas da ESPN Brasil], até o cara que fala: você não é do Sportv? Tem cara que conhece seu rosto, passou pelo canal, mas não sabe quem é".
A conta falsa de PVC interage constantemente com a real, que tem mais de 276 mil seguidores. Recentemente, o jornalista discordou no microblog da anulação de um gol na partida entre Cruzeiro e Atlético-PR e recebeu como resposta um 'dado estatístico': "Desde 88 naquele famoso 0x0 com o Mamoré o Cruzeiro não tinha gol anulado por árbitro com sobrenome de Papai Noel".
PVC conta que conheceu o autor do perfil falso no Twitter após uma palestra que fez em Manaus. Ele diz não se importar com o fake, e às vezes até chega a respondê-lo na rede. O jornalista se irrita, porém, quando uma informação divulgada na conta falsa é confundida com a do Twitter real, o que pode gerar ruído com os que o seguem. Certa vez, por exemplo, uma brincadeira do fake fez alguns internautas acreditarem que PVC tivesse divulgado que o Carrefour havia comprado o Corinthians em 2011.
"Ele publicou na maior boa vontade, não tinha nenhum interesse em fazer sacanagem. Não havia sentido a notícia. Não podia comprar. Mas teve jornalista tentando ligar para a redação para checar. Só o que me incomoda é isso. Eventualmente por descuido, distração, alguém publica alguma coisa que possa ser levada como informação. Não faço questão de dar um furo jornalístico, mas não precisa ter a ideia que eu dei uma barriga (risos)", explicou, usando um jargão que se refere a erros de notícias.
PVC já completou mais de uma década na ESPN Brasil, única TV onde trabalhou de forma fixa e exerceu a função de chefe de reportagem, além de comentarista. Ele já recusou uma proposta para conciliar a ESPN com a Record, em 2007. Um ano depois, teve uma sondagem não concretizada da Globo.
Hoje em dia, o jornalista afirma não fazer planos para a carreira na televisão, por se sentir muito bem onde trabalha. "Posso até precisar amanhã ou depois, por isso não fecho porta nenhuma. Mas hoje sou muito feliz aqui".
Renan Prates
Do UOL, em São Paulo
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