Simon descarta rótulo de "comentarista de arbitragem" e diz ouvir elogios nas ruas

Carlos Eugênio Simon é, desde o início do ano, comentarista do Fox Sports. A transição do apito para os estúdios mudou a rotina do ex-árbitro, mas esteve longe de ser uma surpresa. Formado em jornalismo pela PUC-RS, ele se diz preparado para a função e rejeita o rótulo de "comentarista de arbitragem".

"Eu fui contratado como jornalista, não como comentarista de arbitragem. Evidentemente eu sempre ajudo em questões deste tipo, até pela experiência que tenho no meio, mas comento sobre os principais assuntos em geral. Tenho lido e aprendido muito sobre a tática em geral, por exemplo, até porque já fiz um curso de técnico", diz Simon.

O árbitro é um dos principais nomes do Fox Sports, que tem como principal atração de sua grade as transmissões da Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana. Ainda no primeiro ano, Simon é bem visto pela cúpula do canal, que avalia bem a temporada de estreia do árbitro que representou o Brasil nas três últimas Copas do Mundo. Ele vai além.

"Tenho recebido bastante elogio das pessoas com quem eu encontro. Acho que transmito credibilidade desde os tempos de juiz. Às vezes chega um para cobrar, mas é uma minoria", avalia.

Apesar das quatro Copas do Mundo, a carreira de Simon foi marcada por muitas polêmicas. Torcedores de Grêmio e Palmeiras, por exemplo, não cansam de demonstrar em redes sociais o desagrado com a nova função do árbitro, por quem se sentem prejudicado em episódios anteriores.

Mais que isso, Simon também amealhou alguns críticos mais duros dentro do esporte. Em 2009, por exemplo, Luiz Gonzaga Belluzzo, então presidente do Palmeiras, chegou a ameaçar o juiz de agressão física por um erro em um jogo da equipe alviverde, que à época disputava o título brasileiro. Simon se diz preparado para um eventual encontro com este e outros desafetos.

"Naquele episódio ele [Belluzzo] pisou na bola. Se acontecer [de nos encontrarmos], como jornalista vou fazer as questões que eu achar pertinente. Aquilo ali está na Justiça. Se ele por acaso não quiser responder é um problema dele", completou.