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Caio Ribeiro defende "corneta educada" em comentários na TV

UOL Esporte

05/04/2012 11h00

por Pedro Chiaverini

Caio Ribeiro abandonou o futebol para se dedicar à profissão de comentarista esportivo em 2007. Há cinco anos na função, o ex-atacante, que pendurou as chuteiras com apenas 30, analisou seu estilo na televisão e garantiu que, apesar de ser visto como "certinho", dá suas cornetadas, inclusive em amigos boleiros.

"Já, várias vezes. Mas é gratificante quando esse amigo chega e fala 'pô, Caio, você me deu uma cornetada ontem. Mas você fez com educação. E eu sei que não joguei bem. Então, sua corneta é bem vinda'", disse o comentarista da TV Globo ao UOL Esporte.

"Dá para fazer uma crítica mais dura, mas com respeito, sem que a pessoa se sinta afetada como cidadão. Falar mal ou criticar é normal e vou ter que fazer isso. Mas desde que seja feito com critério e educação", continuou Caio.

"A repercussão de uma fala mais contundente na Globo, como fiz com Valdivia e Ronaldinho Gaúcho, por exemplo, é sempre muito maior. Mas faz parte da profissão. Não me interessa o que o cara faz fora de campo. Me preocupo com o rendimento. Enquanto esse rendimento for abaixo do que aquilo que acho que ele pode oferecer, minha função é ser transparente com os telespectadores, não com os jogadores", completou.

Entusiasmado na nova profissão, o ex-atacante traça voos mais altos na carreira, como ser "titular" nos jogos do Brasil na Copa do Mundo de 2014. "Estou me realizando, ainda tenho muitos objetivos, como ser comentarista da seleção brasileira, fazer uma Copa do Mundo ao vivo… Tenho outras ambições que não quero falar para não ser mal interpretado", ressaltou.

Por fim, o ex-atacante comentou como foi essa transição de dentro para fora das quatro linhas: "Sempre fui apaixonado por futebol. Seria impossível fazer alguma coisa que não fosse ligada ao esporte. Quando surgiu o convite da Rádio Globo, onde eu comecei, fiquei muito feliz. Ali sim foi o divisor de águas. Falei: 'bom, se aceitar o convite de vocês, aí largo'". Não deu outra.

"Aí eles disseram que me liberariam em caso de alguma proposta, mas disse que não, que queria cumprir o contrato, como sempre fiz e agora não vai ser diferente. Se assumir como comentarista da rádio, abandono minha carreira. Tive dois dias para pensar e acabei tomando essa decisão", finalizou.

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