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Caio substitui Casão, rasga elogios e estreia na Libertadores no melhor estilo "Vai, Corinthians"

UOL Esporte

15/03/2012 06h00

Ricardo Zanei, em São Paulo


Foto: Edgard Garrido/Reuters

Um ex-jogador de São Paulo e Santos com comentários pra lá de "corintianos" e torcida falando palavrão em alto e bom som não são coisas que se vê sempre na TV, ainda mais na Globo. Mas quem acompanhou o empate sem gols entre Corinthians e Cruz Azul, pela Copa Libertadores, conferiu comentários no melhor estilo "Vai, Corinthians" de Caio Ribeiro, que substituiu Casagrande e fez sua estreia na competição em 2012, e ainda se divertiu com a "surdez" de Cléber Machado.

Casagrande foi o comentarista titular nos dois primeiros jogos da equipe de Parque São Jorge no torneio. Vira e mexe, a torcida alvinegra reclama que o ex-jogador corintiano torce contra o time. Dessa vez, com as análises de Caio, que atuou por São Paulo e Santos, o torcedor não tem do que reclamar. Afinal, faltou o gol, mas sobraram elogios.

Foram 27 intervenções de Caio durante a partida no México. Julio Cesar fez "boas defesas", Edenilson foi um "achado" de Tite, Danilo tem sido "decisivo", e Fábio Santos "sempre cria boas jogadas no ataque". Chicão, ao salvar o gol em cima da linha, também ganhou os louros por sua "defezassa". "Foi muito bem o Chicão, tem que comemorar muito mesmo."

Para Caio, o Corinthians começou com "personalidade e atitude", chegou a ter a "supremacia" e a jogar "com autoridade". O time alvinegro não "jogou para empatar", mas o "empate é consequência". Enfim, a equipe de Tite "controlou" bem o jogo e "fez sua melhor partida" no torneio, "como se estivesse no Pacaembu". Mas teve crítica, ou melhor, um conselho. Na verdade, uma carência, já que Caio só "sentiu falta do chute de fora da área".

O comentarista ainda apontou as equipes brasileiras como "as melhores da Libertadores e favoritas ao título". "Bom resultado o empate fora de casa. Mas, pelo que o Corinthians jogou, podia ter sido melhor", disse Caio, ao fim da partida. O Cruz Azul, então, deve ser um timinho, certo? Que nada. Para o comentarista, "é um time bom, mas não fez uma boa partida". E foi assim que o jogo não saiu do 0 a 0 também no assunto "comentários".

Palavrão na Globo
Você pode gostar ou não de Cléber Machado, mas ele é autor de várias tiradas durante suas transmissões. E foi dele o momento mais divertido e até constrangedor do jogo no México. "Todas as vezes que o Julio Cesar vai repor, eles falam alguma coisa, tem uma espécie de grito de guerra", disse, referindo-se aos gritos repetidos pela torcida do Cruz Azul em todos os tiros de meta cobrados pelo goleiro do Corinthians.

O repórter Mauro Naves, o único da Globo no México, previu o pior e até alertou que "era um jeito de xingar", mas o narrador insistiu em prestar atenção na torcida local: "Agora o Julio vai repor a bola e vamos ouvir direito". Silêncio global, e o grito de "Puuuutoooo" soou nítido.

Antes que os corintianos se ofendam, não é nada pessoal: é uma tradição mexicana, repetida em jogos contra quaisquer adversários estrangeiros. "Entendeu, Arnaldo? Entendeu, Caio?", disse Cléber, em meio a risadas, antes de chegar a um veredicto, digamos, educado: "É um jeito de torcer". No segundo tempo, um complemento: "Eu nunca tinha visto uma torcida secar tanto um tiro de meta."

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