Casagrande volta à Libertadores, pede criatividade e dá tom oposto ao de Caio Ribeiro

Ricardo Zanei

Foto: Junior Lago/UOL

Não há sintonia entre o futebol apresentado pelo Corinthians e os comentários de Casagrande na Libertadores. Pelo menos, até agora. Depois de um jogo de folga, ele voltou a acompanhar a equipe alvinegra na vitória por 1 a 0 sobre o Cruz Azul, no Pacaembu. Para o ex-jogador corintiano, "valeu pela vitória". E só.

Na estreia do Corinthians no torneio, Casagrande falou sobre a síndrome de Libertadores e, ao lado de Cléber Machado, chegou a falar em derrota antes do gol salvador de Ralf nos acréscimos. Contra o Nacional (PAR), o comentarista disse que "o futebol deu para o gasto" e que o time de Tite tem "prazo de validade". Diante do Cruz Azul, no México, quem comentou a partida foi Caio Ribeiro, que rasgou elogios à apresentação corintiana no empate sem gols.

Sem criatividade

Casagrande reencontrou o Corinthians nesta quarta, sem nenhuma novidade. Mais uma vez, ele demonstrou seu descontentamento com o time, especialmente com a falta de criatividade no ataque. "Não criou nenhuma jogada de gol, nenhuma jogada que empolgasse", disse. "Se não consegue entrar na área, o chute de longa distância pode ser a saída."A cabeçada certeira de Danilo, aos 35min, fez com que ex-jogador amenizasse as críticas. "É o que faltava para o Corinthians, uma jogada de gol. Fez o gol, agora dá para dar uma tranquilizada novamente", afirmou. Mas a calmaria logo passou: no intervalo, o comentarista soltou um "foi pouco", deixando claro que o rendimento da equipe não o agradou.

"Bola em jogo pra você que está ligado na Globo", disse Cléber Machado, abrindo a segunda etapa. A correria corintiana no início rendeu um elogio de Casagrande, talvez o único em toda a partida: "São três chances de gol em 6min". Em seguida, ele voltou a reclamar: relembrando o que aconteceu no primeiro tempo, ele disse que o time dominava, mas falta arriscar mais e criar chances para ampliar.

Nem a expulsão de Fausto Pinto, aos 25min, aproximou o Corinthians do gol. Pior, foi o Cruz Azul quem chegou com perigo, primeiro em cabeçada de Pereira, aos 35min, e depois com Vila, aos 43min, em tiro que acertou a trave. "Preocupa agora. O Corinthians teve umas quatro, cinco chances de gol, não aproveitou para matar o jogo e levou esse susto que a gente estava falando. O Cruz Azul vem agora para buscar o empate", disparou Casagrande.

Tá bom?
A pressão do Cruz Azul não teve resultado, e o apito final levou a torcida à loucura. Já Casagrande manteve a mesma postura. Para ele, foi outro jogo em que o resultado valeu mais do que o futebol. "O que importava era a vitória. Teve futebol para vencer de mais, mas venceu por 1 a 0. Tá bom". Na verdade, "tá bom, mas tá ruim", Casão?

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