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Pelé salva especial no Jô de "mais do mesmo" com cantoria e façanhas como ator

UOL Esporte

08/11/2011 06h00

Por Bruno Freitas

Muito já se falou sobre Pelé lenda do futebol, assim como muito se sabe da vida do cidadão Edson Arantes do Nascimento. Por isso, qualquer aparição do Rei em um programa de entrevistas se constitui num verdadeiro desafio de criatividade para todo anfitrião que se preze. Mesmo que estejamos falando do veterano Jô Soares, que gravou na última segunda-feira um especial exclusivo com o ídolo para o seu talkshow na Globo, dividido em cinco blocos. A dupla até caiu no "mais do mesmo" futebolístico, mas salvou a noite apelando para música ao vivo e cinema.

No especial que vai ao ar na próxima sexta-feira (11.11), Pelé relembrou a Jô uma série de casos e temas manjados de sua trajetória como jogador. Histórias como Garrincha se recusando a comprar um rádio na Copa de 58, por ele "falar apenas sueco", como o famoso discurso em prol das "criancinhas" após o milésimo gol do Maracanã ou então o eterno debate com Maradona sobre quem foi melhor.

Sendo assim, Pelé acabou conferindo um tom de singularidade ao seu especial no Jô no enfoque de sua veia artística. O maior artilheiro de todos os tempos abriu e fechou o programa cantando, apresentando músicas que constam no CD Peléginga, de 2006. No meio da entrevista o Rei também pegou o violão e soltou a voz. Mas desta vez, ficaram de fora os hits "ABC" e "Cidade Grande".

Pelé abriu o talkshow com uma novidade em seu repertório musical, cantando "Meu Legado", canção em que fala de sua origem na cidade mineira de Três Corações e ainda exalta os ensinamentos da mãe Celeste e do pai Dondinho.

Gravada antes do início do programa, a performance nesta música foi repetida ao público presente após a tradicional introdução de Jô, que cortou a reprodução e emendou uma piada.

"Não iria mostrar de novo para vocês, né? Vocês já viram ao vivo. E não é que o Pelé foi 'gongado'. Ele até mandou muito bem, viu", disse o apresentador, em tom de ironia, em brincadeira com a plateia em um dos intervalos de gravação.

No fim do programa, o convidado que já tinha cantado duas vezes foi visto em um clipe musical, na canção "Obrigado, São Paulo", em composição em homenagem à metrópole e seus habitantes.

Antes, no entanto, outra faceta do Pelé artista foi explorada, com exibição de trechos do ex-jogador no cinema, como na atuação em "Fuga Para a Vitória" (1982), contracenando com Sylvester Stallone, "o pior ator do mundo", segundo Jô Soares.

O auge cômico do programa aconteceu neste momento da conversa, quando o programa exibiu um trecho do filme "Os Trombadinhas" (1979), em que o "Rei do futebol" interpreta ele mesmo, atuando no combate ao crime. Na cena apresentada, abordado por uma meliante durante um ato de prisão, o dublê de ator ouve: "Você é o Pelé?". Depois, retruca com truculência: "Não, eu sou o Jô Soares, sua piranha!" (veja abaixo).

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Ao ver a cena, o apresentador da Globo caiu na gargalhada e deu a impressão de que desconhecia a menção a seu nome neste filme do diretor Anselmo Duarte [o mesmo do premiado "O Pagador de Promessas"]. Em seguida, o anfitrião arrancou gargalhadas da plateia com uma brincadeira. "Agora vai ser assim. Vão falar: Você é o Jô Soares? E eu vou dizer: Não, eu sou o Pelé, sua piranha!".

O programa especial ainda contou com uma bancada especial na plateia, formada apenas por familiares e amigos do Rei. Entre eles, o ex-ponta do Santos Manuel Maria, que pediu a palavra na entrevista quando Pelé e Jô Soares falavam sobre o gol mil do ídolo contra o Vasco, em 1969.

Fotos: TV Globo/Zé Paulo Cardeal

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