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Globo importa escalação descolada, mas jogadores pecam na desenvoltura

UOL Esporte

26/05/2011 12h15

Foto: Reprodução

Já não é uma novidade nas transmissões de futebol da Globo e do Sportv as escalações dos times no formato que usa os jogadores como espécie de atores, apresentando a si mesmos. Ficaram para trás a retrógada listinha de goleiro a ponta esquerda e também o campinho sem animação para entrar em cena os atletas, em movimento.

Quem já viu sabe como é que funciona: os boleiros geralmente dão um passo à frente, cruzam os braços e capricham na cara de mau ou no sinal de joia. Este formato de apresentação das equipes já é consagrado nas transmissões das TVs norte-americanas há tempos. Aqui no Brasil, ainda em caráter incipiente, os protagonistas dos campos ainda seguem presos em possibilidades restritas de atuações, seja por iniciativa própria ou pelo modelo "engessado" do produto.

A novidade na tela da emissora que domina as transmissões de eventos esportivos no país começou na reta final do Brasileirão de 2010. Meses depois, o modelo voltou a ser adotado nas decisões dos campeonatos estaduais deste ano. Na última quarta-feira, em desempenhos gravados para o Sportv, jogadores de Vasco e Avaí encararam as câmeras para a apresentação dos times para a partida semifinal da Copa do Brasil.

Como mostra o vídeo abaixo, poucos foram aqueles que ousaram romper o modelo de gestual padrão. Destaque para o goleiro Renan e o meia Marquinhos, ambos do Avaí, que optaram pelos beijinhos no escudo. No Vasco, imperou a turma do joia.

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O momento de ator não é novidade para os brasileiros que estiveram na última Copa do Mundo, na África do Sul, quando os times eram apresentados desta forma mais moderna nos telões dos estádios. Até o sisudo técnico Dunga estava nessa, no modelo "passo à frente, braços cruzados + cara de mau ou dedo polegar para cima", para diversão de quem estava in loco nas arenas sul-africanas.

Nos Estados Unidos, por sua vez, as ligas de basquete, beisebol e futebol americano usam e abusam do improviso, dão liberdade para os jogadores se expressarem com bolas, fazerem brincadeiras, do jeito que eles bem entendem. No segundo vídeo deste post (abaixo, no fim) é possível ter uma ideia deste modelo, em atuações divertidas de um time universitário de futebol americano, com dancinhas, piscadinha e recado em texto. Chegaremos lá? Missão para caras descolados como Neymar, Ronaldinho e Adriano Michael Jackson.

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